Conselho de indígenas pede medidas “contundentes” contra garimpeiros

Conselho Indigenista Missionário defende a retomada da demarcação de terras indígenas e a responsabilização de invasores nos territórios

atualizado 23/01/2023 17:25

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Indígenas de diversas etnias proticolam documento no Ministério do Meio Ambiente, Ministério da Justiça e no da Saúde em defesa da demarcação do território e direitos do povos indígenas Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) defende que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atue de “forma enérgica e contundente, incontestável” para proteção da vida dos povos indígenas no Brasil. O pedido acontece durante a crise humanitária decretada pelo Ministério da Saúde em decorrência de yanomamis mortos por contaminação por mercúrio, desnutrição e fome, em Roraima.

Para interromper o cenário de desnutrição e ataque às comunidades indígenas no Brasil, o Cimi declarou que o governo federal deve retomar de forma imediata a política de demarcação e proteção de territórios indígenas. “O desafio indiscutível de recuperar a convivência democrática no país passa, claramente, pela garantia dos direitos fundamentais dos povos indígenas”, declarou o Conselho Indigenista Missionário em nota.

Povos yanomamis

O presidente Lula viajou para Roraima no último sábado (21/1), junto com os ministros da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino; dos Direitos Humanos e Cidadania, Silvio Almeida; dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara; Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, Wellington Dias; da Defesa, José Múcio; e da Saúde, Nísia Trindade.

O governo federal acompanha a situação dos yanomamis, entre adultos e crianças, que se encontram em um estado de “absurda situação de desnutrição”. Os indígenas são vítimas do avanço do garimpo ilegal dentro do seu território e a contaminação dos rios e animais por mercúrio disseminado pela extração de ouro.

Para ajudar nos cuidados aos indígenas yanomamis, o Ministério da Saúde abriu inscrições para cadastro voluntário de profissionais que desejam trabalhar por meio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS) dentro do território.

Violência contra os povos indígenas

Além dos povos yanomamis, o Cimi defende a proteção dos povos originários contra o avanço de criminosos. Um dos casos citados pelo conselho é o assassinato de dois jovens do povo Mura, no município de Autazes, no Amazonas, em 9 de janeiro deste ano, a suspeita é de que o responsável pelo crime seja um dos invasores da terra indígena.

Outro caso de violência contra as comunidades originárias, é o assassinato dos jovens Samuel e Nauí, do povo Pataxó, no último dia 17, no extremo sul da Bahia.

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