Conheça o Hezbollah, grupo libanês que recrutou terroristas no Brasil

O Hezbollah, cujo nome significa “Partido de Deus”, é uma organização que surgiu durante a guerra civil no Líbano na década de 1980

atualizado 08/11/2023 14:55

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Hezbollah Furkan Guldemir/Anadolu Agency/Getty Images

A Operação Trapiche, no âmbito da qual a Polícia Federal prendeu, nesta quarta-feira (8/11), pessoas que planejavam atacar prédios da comunidade judaica do Brasil, colocou em evidência o grupo radical libanês Hezbollah, que recrutou os suspeitos de terrorismo. A prática de doutrinar simpatizantes e apoiadores em outros países é recorrente entre as lideranças de organização fundamentalista, que se aliou ao palestino Hamas no conflito com Israel.

O resultado é que a tensão no Oriente Médio aumentou ainda mais, uma vez que os militantes do Hezbollah foram colocados em “alerta de guerra” para um possível confronto com forças israelenses.

O Hezbollah, cujo nome significa “Partido de Deus”, é uma organização que surgiu durante a guerra civil no Líbano na década de 1980. Influenciado pelo Irã e apoiado pela Síria, o grupo concentra-se na resistência contra Israel e na promoção da influência xiita no Oriente Médio.

O grupo surgiu em resposta à ocupação israelense no sul do Líbano. Inspirado e apoiado pelo Irã, o Hezbollah rapidamente se tornou uma força de resistência contra Israel. Sua ala militar é considerada uma das mais poderosas da região, tendo lançado ataques bem-sucedidos contra alvos israelenses.

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Hezbollah em ação

Marwan Naamani/dpa (Photo by Marwan Naamani/picture alliance via Getty Images
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Milícias xiitas seguram a bandeira do Hezbollah depois que as forças iraquianas entraram na cidade de Amirli, no norte, que estava sob cerco de militantes do Estado Islâmico por mais de dois meses em Saladino, Iraque, em 31 de agosto de 2014

Stringer - Anadolu Agency
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Os combatentes libaneses do Hezbollah participam de ataques transfronteiriços, parte de um exercício militar em grande escala, em Aaramta, na fronteira com Israel, em 21 de maio de 2023, antes do aniversário da retirada de Israel do sul do Líbano em 2000

Fadel Itani/NurPhoto via Getty Images
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Praça em Teerã enquanto o secretário-geral do Hezbollah do Líbano, Hassan Nasrallah, faz um discurso, em 3 de novembro de 2023

Morteza Nikoubazl/NurPhoto via Getty Images
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Grupos armados Hezbollah e Hay'at Tahrir al-Sham (HTS) durante uma visita guiada à imprensa na cidade de Arsal em 2017

Ratib Al Safadi/Anadolu Agency/Getty Images
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O chefe da unidade do Hezbollah ajuda um apoiador do Hezbollah a segurar sua boina

Manu Brabo/Getty Images
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Hassan Nasrallah falou em Beirute sobre o ataque do exército israelense a Gaza e alertou Israel sobre um possível ataque ao Líbano em novembro de 2023

Morteza Nikoubazl/NurPhoto via Getty Images
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Uma foto do falecido comandante militar pró-iraniano do Hezbollah, Imad Moghnieh, ao fundo enquanto combatentes participam de um exercício militar encenado

Marwan Naamani/picture alliance via Getty Images

Além de suas atividades militares, o Hezbollah é uma força política influente no Líbano, com representação no Parlamento e participação no governo. Seu apoio a causas xiitas e sua lealdade ao Irã o colocaram em desacordo com nações ocidentais e árabes sunitas.

Seu papel na resistência contra Israel e sua presença política contínua no Líbano o tornam uma força determinante na região e há grande temor pela entrada de seus combatentes no conflito atual.

Extremismo no Brasil

No Brasil, a Operação Trapiche busca interromper atos preparatórios de terrorismo e obter provas de possível recrutamento de brasileiros para a prática de atos extremistas no país. Os alvos são terroristas ligados ao Hezbollah e que planejavam ataques em diversos estados do Brasil.

Policiais federais cumpriram dois mandados de prisão temporária em São Paulo e 11 de busca e apreensão. Um dos alvos foi preso no Aeroporto de Guarulhos.

Os recrutadores e os recrutados devem responder pelos crimes de constituir ou integrar organização terrorista e de realizar atos preparatórios de terrorismo, cujas penas máximas, se somadas, chegam a 15 anos e 6 meses de reclusão.

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