Congresso cria CPI mista para investigar 8/1

Agora, caberá aos líderes partidários a indicação dos membros para compor a comissão. A CPI terá 32 integrantes

atualizado 26/04/2023 16:47

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Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), fez a leitura do requerimento de abertura da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar os atos golpistas de 8 de janeiro nesta quarta-feira (26/4). Agora, caberá aos líderes partidários a indicação dos membros.

Pelo regimento, cada uma das Casas Legislativas designará 16 integrantes para compor o colegiado.

A leitura ocorreu na primeira sessão conjunta do Congresso Nacional deste ano, no plenário da Câmara dos Deputados. O encontro estava previsto para a última quarta-feira (19/4), mas acabou suspenso devido às articulações do governo para adiar a leitura do requerimento.

Até a última semana, a base governista era contrária à instalação da CPMI, cujo requerimento foi assinado pelo deputado André Fernandes (PL-CE), da oposição. No entanto, o posicionamento do governo mudou após a queda do ex-ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) da Presidência da República, Gonçalves Dias.

O ministro pediu demissão após a rede de televisão CNN Brasil divulgar imagens em que ele aparece no Palácio do Planalto durante a atuação dos golpistas.

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Deputado federal Zé Trovão
Senador Randolfe Rodrigues
Eduardo Bolsonaro e outros parlamentares
Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Zé Trovão
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Rodrigo Pacheco, presidente do Senado

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Deputado federal Zé Trovão

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Senador Randolfe Rodrigues

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Eduardo Bolsonaro e outros parlamentares

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Flávio Bolsonaro, Eduardo Bolsonaro e Zé Trovão

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Senador Flávio Bolsonaro

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Senador Rodrigo Pacheco

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Pacheco lê abertura da CPI mista do 8/1

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Senador Rodrigo Pacheco

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Pacheco presidiu sessão da abertura da CPMI do 8/1

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Plenário cria a CPMI do 8 de janeiro

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Flávio e Eduardo Bolsonaro

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Mudança de estratégia

Inicialmente, o governo era contrário à instalação da CPMI, por considerar que a criação do colegiado era uma estratégia da oposição para obstruir as investigações sobre o caso.

No entanto, após a divulgação dos vídeos com Gonçalves Dias no interior do Palácio do Planalto, o governo mudou o posicionamento. Em entrevista coletiva na última semana, o líder do governo na Câmara dos Deputados, José Guimarães, afirmou que a base irá brigar por cargos de presidência e relatoria do colegiado.

“Ninguém brinca com a democracia. Se o Congresso quiser instalar a CPMI, estamos prontos para ajudar, inclusive para investigar. Já que querem… Nós sempre dissemos: CPMI é instrumento da oposição. É legítimo a oposição pedir CPMI. Quem governa não pode perder tempo com CPI, CPMI, é de oposição”, disse Guimarães.

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Manifestantes bolsonarista enfrentam a polícia, invadem e destroem o Congresso Nacional
Bolsonaristas invadiram Congresso, STF e outros prédios públicos
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Extremistas atacaram o Congresso Nacional

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Bolsonaristas invadiram Congresso, STF e outros prédios públicos

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“Sem tumulto”

No Twitter, o autor do requerimento da abertura da CPMI, André Fernandes (PL-CE), comemorou o leitura do documento em plenário, mas ressaltou que trabalhará para o governo não “tumultuar” a comissão mista.

“Lutaremos para não permitir que o governo invada a CPMI a fim de desvirtuar as investigações”, escreveu.

Composição

Conforme preceitua o regimento do Congresso, o grupo deve ser formado por número igual de deputados e senadores indicados por líderes, de acordo com a proporcionalidade dos blocos partidários. Ao todo, serão 32 parlamentares: 16 deputados e 16 senadores.

Na Câmara, o maior bloco é formado por partidos de centro e de esquerda, com 173 deputados. O grupo conta com nomes do PP, União, PSDB, Cidadania, Solidariedade, Patriota, Avante, PSB e PDT.

Ao Metrópoles governistas disseram que a proximidade com o bloco será usada para diminuir a presença de opositores ao governo na CPMI. Seria uma forma de restringir os mais bolsonaristas aos assentos destinados ao PL no colegiado.

Nomes do chamado “blocão” também informaram à reportagem que estudam a indicação de nomes isentos para a composição do bloco, evitando que parlamentares da oposição ganhem espaço no colegiado. Além disso, o grupo quer a relatoria da CPMI. Um dos nomes ventilados é o de André Fufuca (PP-MA).

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