Com Brasil na Presidência, G20 foca em energia verde e combate à fome

O Brasil cumprirá mandato temporário de um ano no G20, com a missão de reduzir a desigualdade social e preservar o meio ambiente

atualizado 01/12/2023 10:36

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PGR Foto colorida do presidente Lula, com bandeira do Brasil ao fundo - Metrópoles Ricardo Stuckert/Presidência

O Grupo dos Vinte, ou G20, será presidido pelo Brasil a partir desta sexta-feira (1º/12). A liderança temporária, a primeira do país na configuração atual, vai durar um ano e será encerrada em 30 de novembro de 2024.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) focará o trabalho brasileiro à frente do grupo na redução das desigualdades, com ênfase no combate à fome e à pobreza, e apostar no desenvolvimento sustentável e preservação ambiental, com transição energética e aplicação de economia verde.

Dessa forma, o país criará, ao longo do mandato, duas forças-tarefas: a Aliança Global contra a Fome e a Mobilização Global contra a Mudança do Clima. “O Brasil é o porto seguro para que as pessoas possam vir, investir e fazer com que esse país se transforme em um definitivamente desenvolvido”, disse Lula.

No fim da tarde desta sexta, o governo brasileiro projetará no Museu da República, em Brasília, mensagens com os principais objetivos da nação enquanto presidir o grupo.

Igualdade

Outro tema ser pautado por Lula  é a equidade para os países do Sul Global, antes chamados de “em desenvolvimento”, com uma nova perspectiva.

Na sexta-feira passada (24/11), em discurso na reunião virtual do G20, o chefe do Executivo citou a Argentina e o continente da África para pedir “uma discussão sobre como fazer o financiamento para os países pobres”, se não “a gente não vai ter solução. Ricos vão continuar ricos, pobres continuar pobres, e quem está com fome vai continuar com fome”.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, propôs uma “reglobalização sustentável do ponto de vista social e do ponto de vista ambiental“, a fim de reintegrar os países em uma liderança “com outros olhos”, voltados para as questões prioritárias do Brasil nesse mandato, como igualdade e sustentabilidade.

“Não temos de temer a globalização. Ela foi feita de forma equivocada, e é por isso que ela trouxe tantas angústias, sobretudo no seu ápice, que foi a crise de 2008 e os seus desdobramentos”, comentou Haddad.

Lula, na ocasião, reforçou o compromisso com a pauta do meio ambiente e alertou para a Conferência do Clima das Nações Unidas, em Belém: “O Brasil sediará, em 2025, a COP 30, a primeira na Amazônia. E queremos trabalhar no G20 para chegar lá com uma agenda climática ambiciosa que assegure a sustentabilidade do planeta e a dignidade das pessoas, no nosso país e no mundo”.

G20

O Grupo dos 20 é um dos principais fóruns de cooperação econômica internacional. É composto pela União Europeia e outras 19 nações, tidas como desenvolvidas e do novo Sul Global.

São elas: África do Sul, Alemanha, Arábia Saudita, Argentina, Austrália, Brasil, Canadá, China, Coreia do Sul, Estados Unidos, França, Índia, Indonésia, Itália, Japão, México, Reino Unido, Rússia e Turquia.

Os países do G20 respondem por quase 80% do Produto Interno Bruto (PIB) mundial e 70% da população global, concentrando, aproximadamente, 75% do comércio internacional.

Agenda internacional

O Brasil assumirá a Presidência enquanto Lula cumpre agenda na COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes. Nos dias anteriores à conferência climática, o presidente passou por outras nações do Oriente Médio em busca de aproximar as relações exteriores e firmar acordos comerciais.

Agora, o petista chega à COP com foco na agenda ambiental, e terá o evento como palco para apresentar os dados da redução do desmatamento no último ano, além de propor novas medidas para preservação ambiental.

Outro tema relevante na agenda de Lula com outros líderes mundiais será a mediação da guerra entre Israel e o grupo extremista Hamas. O presidente se colocou à disposição para conversar com o premiê de Israel, Benjamin Netanyahu, caso eles se encontrem na conferência.

Após participar de dois dias da COP, o chefe do Executivo seguirá para Berlim, na Alemanha, e retornará ao Brasil em 6 de dezembro.

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