“Estão tentando envolver Bolsonaro através de mim”, diz Zambelli após operação da PF

Zambelli é alvo de investigação da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta quarta-feira (2/8). Parlamentar teve celular apreendido

atualizado 02/08/2023 12:11

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imagem colorida de Carla Zambelli em coletiva - Metrópoles Hugo Barreto/Metrópoles

A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) falou ao vivo, nesta quarta-feira (2/8), sobre a Operação 3FA, da Polícia Federal (PF). A parlamentar prestou esclarecimentos em coletiva de imprensa no Salão Verde de Câmara dos Deputados.

Zambelli é alvo de investigação da PF, deflagrada nesta quarta. A corporação investiga a ação da parlamentar e de Walter Delgatti, conhecido como “hacker da Vaza Jato”, para invadir sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Além disso, a deputada é acusada de pedir que Delgatti fraudasse urnas eletrônicas para alterar o resultado das eleições.

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Zambelli: "Não existe nenhuma, absolutamente nenhuma prova nem nada que tenha sido feito a pedido do presidente"
Durante a coletiva, a parlamentar tentou proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de acusações sobre envolvimento nos supostos crimes
Zambelli na Câmara dos Deputados
Zambelli chega para coletiva na Câmara dos Deputados
Segundo Zambelli, os policiais federais recolheram dois celulares, o passaporte e um HD
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"A impressão que eu tenho é de que estão tentando envolver o (ex) presidente Jair Bolsonaro através de mim", disse Zambelli

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Zambelli: "Não existe nenhuma, absolutamente nenhuma prova nem nada que tenha sido feito a pedido do presidente"

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Durante a coletiva, a parlamentar tentou proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de acusações sobre envolvimento nos supostos crimes

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Zambelli na Câmara dos Deputados

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Zambelli chega para coletiva na Câmara dos Deputados

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Segundo Zambelli, os policiais federais recolheram dois celulares, o passaporte e um HD

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Após a Polícia Federal cumprir mandado de busca e apreensão contra a deputada federal Carla Zambelli, ela fez declaração à imprensa no Salão Verde

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Carla Zambelli faz coletiva após operação da PF

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Eles também são investigados por incluir um pedido de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

Durante a coletiva, a parlamentar tentou proteger o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) de acusações sobre envolvimento nos supostos crimes. “A impressão que eu tenho é de que estão tentando envolver o (ex) presidente Jair Bolsonaro através de mim”, disse.

Investigações da PF mostram que Zambelli teria colocado Delgatti em contato com Bolsonaro e com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, para tratar sobre urnas eletrônicas. Ela nega que o ex-mandatário tenha pedido que as urnas fossem fraudadas.

“Não existe nenhuma, absolutamente nenhuma prova nem nada que tenha sido feito a pedido do presidente”, alegou a parlamentar.

E Zambelli continuou:

“Eu acho que vocês estão fazendo especulações tentando envolver o presidente em uma situação que é minha. Eu digo o seguinte: se houver qualquer coisa relacionada ao Delgatti, é Carla Zambelli que responde. O presidente Bolsonaro não tem absolutamente nada a ver com isso”, pontuou.

Segundo ela, os policiais federais recolheram dois celulares, o passaporte e um HD.

Próximos passos

A parlamentar disse, em coletiva, que deve prestar depoimento à PF na próxima segunda-feira. Questionada se teme abertura de processo de cassação de mandato no Conselho de Ética da Câmara, a deputada negou.

“A verdade aparece com o tempo”, pontuou. O Conselho de Ética da Câmara analisa, nesta quarta, um processo contra a parlamentar.

Zambelli também afirmou que não conversou com membros do PL e nem com o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto.

Veja a íntegra da coletiva:

Operação 3FA

No total, são quatro mandados de busca e apreensão tanto no apartamento funcional quanto no gabinete da deputada, em Brasília, e um mandado de prisão preventiva, em São Paulo, contra Delgatti.

O objetivo da operação é esclarecer a atuação de indivíduos na invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e na inserção de documentos e alvarás de soltura falsos no Banco Nacional de Mandados de Prisão (BNMP).

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Há quatro mandados de busca e apreensão em cumprimento, tanto no apartamento funcional quanto no gabinete da deputada, em Brasília
Polícia Federal no prédio onde fica o apartamento funcional da deputada Carla Zambelli
Polícia Federal deflagrou Operação 3FA contra a deputada federal Carla Zambelli (PL) e o delator Walter Delgatti, nesta quarta-feira (2/8)
Hacker Walter Delgatti não conseguiu invadir urnas eletrônicas
O hacker Walter Delgatti e a deputada Carla Zambelli
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Polícia Federal cumpre mandado de busca e apreensão no imóvel funcional da deputada Carla Zambelli

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Há quatro mandados de busca e apreensão em cumprimento, tanto no apartamento funcional quanto no gabinete da deputada, em Brasília

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Polícia Federal no prédio onde fica o apartamento funcional da deputada Carla Zambelli

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Polícia Federal deflagrou Operação 3FA contra a deputada federal Carla Zambelli (PL) e o delator Walter Delgatti, nesta quarta-feira (2/8)

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Hacker Walter Delgatti não conseguiu invadir urnas eletrônicas

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O hacker Walter Delgatti e a deputada Carla Zambelli

Reprodução/Redes sociais

De acordo com a Polícia Federal, os crimes ocorreram em 4 e 6 de janeiro deste ano. Nas datas, foram inseridos no sistema do CNJ e de outros tribunais brasileiros 11 alvarás de soltura de presos e um mandado de prisão falso contra o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Segundo as investigações, a invasão ocorreu “com a utilização de credenciais falsas obtidas de forma ilícita”. Isso configuraria crimes de invasão de dispositivo informático e falsidade ideológica.

O nome 3FA é uma referência à autenticação de dois fatores (2FA), que é um protocolo de segurança de gerenciamento de identidade e acesso com a exigência de duas formas de identificação. Só assim, o usuário consegue ter acesso a dados. No caso dos investigados, foi preciso a atuação da PF, do MPF e do Judiciário contra a ação dos criminosos.

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