A deputada federal Erika Hilton (PSol) afirmou, nesta quarta-feira (21/6), que a audiência na Comissão de Previdência, Assistência Social, Infância, Adolescência e Família da Câmara dos Deputados virou palco para discursos transfóbicos e de teorias da conspiração sobre transição de gênero.
Audiência debateu orientações do Conselho Federal de Psicologia e Conselho Federal de Medicina para o tratamento de crianças e adolescentes trans.
“Com convidadas que se baseiam na mentira de que há processos transexualizadores e tratamentos hormonais em crianças no Brasil, a audiência virou palco para discursos conspiracionistas”, escreveu a deputada em sua conta no Twitter.
Erika Hilton destacou tratamentos hormonais para crianças e adolescentes trans que acontecem apenas após os 16 anos de idade no Brasil. Além disso, a parlamentar enfatizou que o processo transexualizador é permitido apenas aos 18 anos.
“O que existe são falsos intelectuais e um movimento político dedicado à por a arma na mão de quem nos mata”, acusou a deputada federal.
Confira o relator da parlamentar:
Erika Hilton é a primeira deputada federal negra e trans eleita. A parlamentar conquistou 256.903 votos durante a eleição de 2022 em São Paulo.
A audiência da Câmara contou com a participação da médica psiquiatra Akemi Shiba, idealizadora da teoria que coloca a transexualidade como epidemia. A profissional chegou a ser denunciada ao Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (CREMERS) em decorrência da palestra “Epidemia de Transgêneros: o que está acontecendo com as nossas crianças?”, ministrada na Assembleia Legislativa do Estado.
Além disso, o encontro contou também com a presença da porta-voz da campanha “No Corpo Certo”, Eugênia Rodrigues, responsável pela disseminação de informações contra o processo transexualizador de jovens.
