Goiânia – Conforme a perícia realizada pela seção de Medicina Veterinária Legal da Polícia Científica de Goiás, a cadela Luma morreu em decorrência das agressões sofridas em um pet shop, na capital goiana. A cachorrinha da raça shi-tzu, de 2 anos, morreu no dia 17 de junho, um dia após ter tomado banho no estabelecimento.
Câmeras de segurança registraram o momento em que o animal foi agredido por uma funcionária do local.
Veja as imagens:
A polícia chegou à conclusão do laudo após análise necroscópico do corpo do animal e das imagens de câmeras de segurança do local onde ocorreu as agressões. Luma começou a apresentar sintomas neurológicos e foi encaminhada para o atendimento de emergência, mas não resistiu aos ferimentos e morreu.
Maus-tratos
A tutora do animal, Josineuma Dantas de Araújo Ribeiro, registrou boletim de ocorrência por maus-tratos e relatou que Luma só teria recebido cuidados após ter desmaiado.
Ao Metrópoles Josineuma cobrou por justiça: “Luma foi uma bênção em nossa casa. Só trouxe alegrias e união para minha família. Desejo, agora, que a morte dela não tenha sido em vão, que os culpados paguem e que nenhuma outra família ou animal passe pelo que ela passou”.
Funcionárias demitidas
O caso é investigado pela Polícia Civil de Goiás (PCGO) e, até o momento, ninguém foi preso. Por meio de nota, os advogados da dona do pet shop manifestaram “repúdio ao lamentável episódio ocorrido com a cachorrinha Luma, vítima de ação brutal da prestadora terceirizada de serviços de banho e tosa” e informaram que as duas funcionárias que aparecem nas imagens foram demitidas.
“Diante do triste evento, a prestação imediata de socorro foi providenciada, no entanto, a fatalidade não pôde ser revertida, e Luma veio a óbito”, diz o comunicado.
O texto acrescenta que a empresa “repudia qualquer ação que cause dor, sofrimento ou lesões a qualquer ser vivo” e que a responsável pelo pet shop também denunciou o caso à polícia “prestando todas as informações e imagens necessárias para que seja feita justiça pela crueldade praticada”.
“Devido a esse lamentável e inaceitável episódio, foram encerrados imediatamente o contrato com a prestadora de serviço que ocasionou a morte da cachorrinha Luma, bem como com toda a equipe, para reformulação de todo o quadro dos prestadores de serviços, além de estarem sendo maximizadas as medidas de monitoramento e acompanhamento durante os serviços, tanto pela empresa como pelos tutores”, destacou a defesa da empresa.
Os advogados ressaltaram que tomam “todas as providências legais”, que continuarão a colaborar “com todas as formas possíveis” para que a responsável seja punida e manifestaram “solidariedade à tutora da Luma”.
O Metrópoles tentou contatar as funcionárias que aparecem nas imagens, mas não teve retorno até a mais recente atualização desta reportagem. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.