Brasileiros pedem devolução de (outro) fóssil contrabandeado à Alemanha

A pressão da comunidade científica funcionou no mês passado, quando o país europeu devolveu o fóssil Ubirajara jubatus ao Brasil

atualizado 28/07/2023 11:44

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Imagem colorida do fóssil Irritator challengeri Reprodução/Olof Moleman

Os cientistas brasileiros e europeus publicaram uma carta direcionada à ministra da Ciência, Pesquisa e Arte do Estado de Baden-Württemberg (Alemanha), Petra Olschowski, com pedido de devolução de mais um fóssil de dinossauro, chamado Irritator challengeri, nesta sexta-feira (28/7).

Apesar de já ter devolvido um fóssil ao Brasil em junho, a Alemanha segue com outro vestígio de dinossauro contrabandeado – um crânio mais completo e preservado da espécie, classificado como holótipo (item que serve como descrição de uma espécie inteira).

O Ubirajara jubatus, fóssil devolvido no último mês ao país, está guardado na coleção do Museu de Paleontologia Plácido Cidade Nuvens, na Universidade Regional do Cariri (Urca).

O Irritatus está localizado no Museu Estadual de História Natural de Stuttgart. O caso já foi denunciado ao Ministério Público Federal do Piauí, e a polêmica científica conta até mesmo com uma iniciativa virtual pela recuperação do fóssil. Clique aqui para conferir.

Entenda a polêmica

Desde 1942, os fósseis encontrados no Brasil são de propriedade da União e, portanto, não podem ser comercializados. Para que a exportação científica ocorra, é necessário ainda pedir autorização do governo.

A carta relata que as condições em questão não foram respeitadas, e demonstra a revolta da comunidade científica, além de alertar para o que chamou de “um padrão sistêmico”.

“O caso do Irritator indica que não enfrentamos casos isolados, mas as consequências de um padrão sistêmico. Portanto, consideramos imperativo que o ministério [alemão] efetue uma revisão sistemática da proveniência e da aquisição legal dos fósseis brasileiros nas coleções do Estado, também à luz da legislação brasileira”, diz um trecho da carta.

A região da Bacia do Araripe (que engloba partes do Ceará, Piauí e Pernambuco) é uma das mais ricas do mundo no que diz respeito às peças fósseis, e o contrabando é um dos problemas que assola a região.

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