Barra Torres, da Anvisa, compara situação dos Yanomamis ao Holocausto

Antonio Barra Torres se reuniu com a ministra da Saúde, Nísia Trindade, que também lamentou crise dos indígenas brasileiros

atualizado 26/01/2023 15:45

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CPI covid senado Oitiva do Antonio Barra Torres diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária 1 Hugo Barreto/Metrópoles

O diretor-presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antonio Barra Torres, comentou a situação crítica de saúde dos povos Yanomamis, em Roraima, e comparou o momento com o Holocausto, genocídio causado pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, entre 1939 e 1945. que dizimou 6 milhões de judeus.

“Remontam a cenas que só víamos em documentários da Segunda Guerra Mundial, a cenas do Holocausto, quando víamos pessoas com ossos cobertos apenas por pele. E vemos que isso acontece em nosso próprio país. Como se chegou a esse ponto?”, questionou Barra Torres durante a reunião ordinária da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) da saúde, nesta quinta-feira (26/1).

O diretor-presidente da Anvisa declarou que a equipe do órgão está à disposição do Ministério da Saúde, comandado por Nísia Trindade, que também participou da reunião, para tentar contornar a crise de saúde dos Yanomamis.

Na ocasião, Nísia Trindade declarou que os indígenas da etnia Yanomami foram abandonados pela gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). “Abandono é uma política e é isso que vemos, infelizmente, em relação à questão indígena e tantas outras”, relatou a ministra.

Durante o encontro, a ministra da Saúde declarou que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) deverá priorizar o bem-estar dos povos indígenas durante a campanha de vacinação contra a Covid que deverá começar em fevereiro. “Em contraponto ao abandono, nossa política terá de ser de cuidado, de construção coletiva”, afirmou Nísia Trindade.

Situação Yanomami

Segundo a ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara (PSol), 570 crianças Yanomamis morreram em decorrência de desnutrição durante a gestão de Bolsonaro, entre 2019 e 2022.

A Polícia Federal abriu um inquérito para investigar uma possível omissão do governo anterior, entre presidência e ministérios, em relação à saúde Yanomami.

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