Atos de 8/1: veja os principais golpistas alvos da nova operação da PF

PF deflagrou, na manhã desta sexta-feira (17), a 8ª fase da Operação Lesa Pátria, que apura envolvimentos nos atos antidemocráticos de 8/1

atualizado 17/03/2023 16:01

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Reprodução/Redes sociais

Além da golpista que pichou “perdeu, mané” na estátua do STF e do homem que roubou a bola autografada pelo jogador Neymar, a 8ª fase da Operação Lesa Pátria, deflagrada pela Polícia Federal (PF) na manhã desta sexta-feira (17/3), tem como alvos o mecânico que sentou na cadeira do ministro Alexandre de Moraes, um ex-vereador da Bahia e uma empresária de São Paulo.

A operação da PF tem objetivo de identificar pessoas que participaram, financiaram, omitiram-se ou fomentaram os fatos ocorridos em 8 de janeiro, em Brasília. Na ocasião, apoiadores extremistas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram as sedes dos Três Poderes, causando caos generalizado na Esplanada dos Ministérios.

No total, são cumpridos 46 mandados de busca e apreensão e 32 de prisão preventiva no Distrito Federal e nos seguintes estados: Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraná, Rondônia, Rio Grande do Sul e São Paulo.

Veja os principais alvos da nova fase da operação:

  • Débora Rodrigues dos Santos

Débora é suspeita de pichar a estátua da Justiça na sede do Supremo Tribunal Federal (STF) com a frase “perdeu, mané”. Os termos são uma referência à resposta que o ministro Luís Roberto Barroso deu a bolsonaristas após ser hostilizado em uma rua nos EUA. Ela foi presa em Paulínia (SP). Além dela, dois suspeitos foram detidos em Itatiba (SP), na região de Jundiaí.

  • Nelson Ribeiro Fonseca Junior

O investigado é suspeito de levar, da Câmara dos Deputados, a bola assinada pelo jogador Neymar. Ele foi preso em Sorocaba (SP). Em 28 de janeiro, o suspeito entrou em contato com a Polícia Militar (PM) para informar que estava com o objeto e o devolveu.

O capitão-de-mar-e-guerra reformado Vilmar José Fortuna foi alvo de busca e apreensão no Distrito Federal.

O militar foi exonerado do cargo que ocupava no Ministério da Defesa após participar dos atos na Esplanada dos Ministérios. Ele trabalhava como assessor da pasta desde 2013, segundo o seu perfil no LinkedIn.

Fortuna estava designado a uma “tarefa por tempo certo”, modalidade definida pelas Forças Armadas para contratar servidores da reserva ou reformados como auxiliares no Poder Executivo. No entanto, trata-se de função diferente de cargos comissionados comuns, também usados por militares.

  • Josafá Ramos

O sargento da reserva da Polícia Militar (PM) da Bahia foi preso na manhã desta sexta. Ele é ex-vereador da cidade de Feira de Santana, a 100 km de Salvador. As informações são do G1.

  • Kátia Graceli

Também foi presa a empresária que viralizou após um vídeo publicado nas redes sociais listar o nome de pessoas e empresas que contribuíram com o financiamento da ida dela e de outros indivíduos à capital federal.

Kátia também publicou vídeos durante a invasão. Todos os registros foram apagados após o início das investigações. Ela foi presa em casa, em São José do Rio Preto (SP).

  • Fábio Alexandre de Oliveira

Outro preso, Fábio é o homem que aparece em vídeos nas redes sociais sentado na cadeira do ministro Alexandre de Moraes depois do ataque golpista ao STF. Ele é mecânico e foi detido em Penápolis (SP).

8ª fase da Operação

Os participantes dos atos golpistas são suspeitos de cometer os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.

Onde são cumpridos os mandados:

  • Bahia: dois mandados de busca e apreensão e dois de prisão;
  • Distrito Federal: dois mandados de busca e apreensão;
  • Espírito Santo: um mandado de busca e apreensão e um de prisão;
  • Goiás: dois mandados de busca e apreensão e dois de prisão;
  • Maranhão: um mandado de busca e apreensão e um de prisão;
  • Minas Gerais: nove mandados de busca e apreensão e oito de prisão;
  • Paraná: dois mandados de busca e apreensão e dois de prisão;
  • Rondônia: 11 mandados de busca e apreensão;
  • Rio Grande do Sul: três mandados de busca e apreensão e três de prisão;
  • São Paulo: 13 mandados de busca e apreensão e 13 de prisão.

O ministro Alexandre de Moraes, do STF, concluiu a análise de todos os pedidos de liberdade provisória das pessoas presas por envolvimento nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro.

Nessa quinta-feira (16/3), o magistrado liberou mais 129 denunciados. Outras 294 pessoas tiveram os pedidos de saída da cadeia negados.

Em 9 de janeiro, a PF prendeu em flagrante 2.151 pessoas que haviam participado dos atos e estavam acampadas diante dos quartéis em Brasília. Dessas, 294 pessoas permanecem detidas – 86 mulheres e 208 homens.

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