Assessora de Carlos Bolsonaro pediu informações sigilosas a Ramagem

Print de Whatsapp mostra então assessora de Carlos Bolsonaro em conversa na qual pede investigação sigilosa a Ramagem na Abin

atualizado 29/01/2024 16:20

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A sede da Abin, em Brasília Hugo Barreto/Metrópoles

Investigações da Polícia Federal sobre organização criminosa que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas apresentaram à Procuradoria-Geral da República (PGR) conversas de Whatsapp que comprometem uma assessora do vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos) e o ex-diretor da agência e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Em print anexado à investigação, a assessora parlamentar Luciana Almeida conversa com o então diretor-geral da Abin. Na ocasião, Luciana pede “ajuda relacionada ao inquérito policial federal em andamento em unidades sensíveis da Polícia Federal”.

A conversa extraída do afastamento do sigilo telemático de Ramagem foi interpretada pela PGR como um indicativo de que o “núcleo político possivelmente se valia do delegado Alexandre Ramagem para obtenção de informações sigilosas”.

Carlos Bolsonaro é tido pelas investigações como integrante do chamado “núcleo político” de uma susposta organização criminosa atuante na Abin, nos anos em que a agência foi dirigida por Ramagem, entre 2019 e 2022.

Veja Print:

Conversa entre Luciana Almeida e Alexandre Ramagem
Conversa entre Luciana Almeida e Alexandre Ramagem

“A autoridade policial estabelece que a sra. Luciana Almeida, antiga assessora de Carlos Bolsonaro, operara como intermediadora das demandas do interesse do vereador a Alexandre Ramagem”, relata a PGR em manifestação assinada pelo procurador-Geral da República, Paulo Gonet Branco.

Operação

A Polícia Federal cumpriu, na manhã desta segunda-feira (29/1), novos mandados de busca e apreensão em continuidade à Operação Vigilância Aproximada, deflagrada na última quinta-feira. O objetivo é investigar suposto esquema de investigação irregular que se instalou na Abin com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas. Para isso, eram usadas ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis (1), Rio de Janeiro (5), Brasília (1), Formosa (1) e Salvador (1).

Nesta nova etapa, a Polícia Federal busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas. Nessas ações eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público.

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