O interventor da União na segurança do Distrito Federal, Ricardo Cappelli, defendeu, na manhã desta quinta-feira (26/1), que as imagens feitas por câmeras de segurança do Supremo Tribunal Federal (STF) no dia em que golpistas invadiram as sedes dos Três Poderes, confirmam uma “falta de planejamento” e uma execução “fora dos padrões”, por parte da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF).
As imagens das câmeras do STF divulgadas pelo JN são graves. Confirmam a ausência de planejamento e uma execução, no mínimo, absolutamente fora dos padrões. Tudo será apurado. A lei será cumprida.
— Ricardo Cappelli (@RicardoCappelli) January 26, 2023
Os registros, obtidos pelo Metrópoles e divulgados nessa quarta-feira (26), mostram que bolsonaristas que depredaram o Supremo Tribunal Federal (STF) nos atos golpistas de 8 de janeiro não sofreram tentativa de contenção por parte da Polícia Militar do Distrito Federal.
Munidos de estilingues, paus, pedras, máscaras e luvas, os manifestantes não foram barrados por agentes da PM. Sem agir, muitos policias, inclusive, foram filmados observando os manifestantes depredarem o patrimônio público e até tirando fotos das cenas de vandalismo.
Mesmo equipados com o caminhão Centurion, usado para dispersar manifestações violentas, os agentes ficaram inertes à passagem dos extremistas que já tinham quebrado o Palácio do Planalto e parte do Congresso. Imagens mostram que os manifestantes ultrapassaram os equipamentos de contenção sem qualquer interferência.
Veja:
Prejúzo dos atos
A projeção inicial do STF é de que o prejuízo causado pelos golpistas é de R$ 5,923 milhões. O plenário da Corte foi destruído, as vidraças quebradas e as obras de arte do prédio depredadas.
