Alvo da Operação Lucas 12:2 da Polícia Federal (PF), que ocorre nesta sexta-feira (11/8), como mostrou o jornalista Igor Gadelha, do Metrópoles, o general Mauro César Lourena Cid é pai de Mauro César Barbosa Cid e amigo do ex-presidente. O filho, tenente-coronel ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, está preso desde maio deste ano por causa da operação que apura fraude em dados de vacinação contra Covid-19.
O general da reserva do Exército Mauro César Lourena integrou a Casa Militar do governo do ex-presidente José Sarney e é amigo pessoal do ex-presidente Jair Bolsonaro. Eles foram colegas nos anos 1970 no curso de cadetes da Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), em Resende, no Rio de Janeiro.
O filho Mauro Cid teria sido indicado a ajudante de ordens no governo Bolsonaro pela proximidade do pai com o ex-presidente da República.
O general dirigiu o Departamento de Educação do Exército e, em 2019, chefiou o escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex) nos Estados Unidos (EUA). Também participou de diversas cerimônias, como a do Comando Militar do Sudeste, em 2015, e a entrega de honrarias ao então presidente da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Marcos Cintra, em 2017.
Seja como pai, seja como militar, o general visitou o filho, Mauro Cid, diversas vezes desde a prisão, e é tido como uma pessoa discreta. Cid está preso no Batalhão do Exército, em Brasília.
Apesar da discrição pela qual é conhecido, o general Mauro César Lourena teria, em julho, pressionado o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, com o objetivo de libertar o filho da prisão, segundo informações do jornal O Globo, à época.
