Dentro do material colhido pela Polícia Federal (PF) sobre a participação do deputado federal Carlos Jordy (PL) em atos antidemocráticos, policiais descobriram provas de que um dos alvos da investigação tem relação íntima com Fabrício Queiroz, ex-assessor parlamentar do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) quando o político era deputado estadual no Rio.
Queiroz, que já sumiu, apareceu, foi preso e solto, foi o centro do chamado escândalo da rachadinha do filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O caso segue travado na Justiça e emperrado nas engrenagens do Ministério Público do Rio de Janeiro.
Fontes ouvidas pela reportagem explicaram que a PF não investiga pessoas, mas sim fatos. E a ligação estreita de Queiroz com um homem envolvido em ilícitos pode levar o ex-assessor para dentro da mira das autoridades. A operação desta quinta-feira (18/1) está chamando a atenção pelos mandados cumpridos em endereços de Carlos Jordy, mas há outros nove alvos visitados pela PF apenas hoje, além de outros investigados que não foram citados nesta fase da Lesa Pátria.
O Metrópoles apurou que, mais do que ter atuado no 8 de janeiro de 2023, o deputado federal Carlos Jordy é investigado por ser o líder de movimentos de fechamento de estradas na região de Campos dos Goytacazes, no norte do Estado do Rio de Janeiro. O 8 de janeiro de 2023 é, para a PF, apenas o estopim de uma longa lista de crimes contra a democracia.
A operação de hoje começou em 2022, apurando bloqueios em rodovias que uniam bolsonaristas pelo país. Pessoas ligadas a estes atos já tinham sido alvo de busca e apreensão. Foi no material obtido ao longo dessa investigação que os policiais descobriram que os manifestantes se reportavam a Carlos Jordy. E que estiveram em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.
Outro lado
Procurado pelo Metrópoles, Queiroz negou conhecer os alvos da operação.
