Após o vídeo de um caso de bullying contra uma jovem que tem autismo viralizar nas redes sociais, um grupo de estudantes decidiu organizar um protesto para chamar atenção para as agressões ocorridas no Colégio Estadual Flávio Ribeiro de Rezende, localizado em Natividade (RJ).
A manifestação ocorreu na manhã desta sexta-feira (31/3), após os estudantes se organizarem pelo perfil de Instagram @estamoscomvitoria e em um grupo de WhatsApp. Com cartazes e palavras de ordem, os alunos caminharam pelas ruas da cidade exigindo que fosse feita “justiça por Vitória”.
De acordo com os relatos dos próprios estudantes nas redes sociais, a menina vítima das agressões é órfã e tem autismo. No vídeo que mostra as agressões uma adolescente zomba de Vitória e tenta puxar seu cabelo. Outras meninas incentivam a agressão e dão risadas, enquanto ela tenta reagir e chora.
O caso ganhou intensa repercussão nas redes sociais. Na tarde desta sexta-feira (31/3), o termo #justiçaporvitoria chegou ao topo do ranking de assuntos mais comentados do Twitter, no Brasil. Além disso, o perfil de Instagram dedicado ao caso passava de 57 mil seguidores.
Confira vídeo do protesto organizado pelos estudantes:
De acordo com relato de alunos da escola, a escola realizou reunião com a presença de uma psicóloga para tratar da situação. Ao Metrópoles a Secretaria de Educação lamentou o episódio e disse que, nesta sexta-feira (31/3), enviou representante à escola “para tomar todas as providências para que casos como esse não se repitam”.
“A direção do colégio já enviou professora e psicóloga à casa da criança vítima de bullying. E profissionais do colégio também conversaram com as estudantes que praticaram o ato e os seus respectivos pais. E integrantes do Conselho Tutelar também foram acionados e medidas protetivas às alunas do colégio foram e continuarão a ser adotadas”, destaca a nota.
A Secretaria de Educação ainda informa que, para a próxima terça-feira (28/3), a direção da escola já havia programado um evento para discutir bullying na rede escolar, com o apoio do Conselho Tutelar.
