Aliado de ex-chefe da Polícia Civil aconselhou executores de Marielle, diz delação

Próximo do ex-secretário da PC do Rio, o inspetor Vinícius teria ajudado acusados e conheceria o ex-PM Ronnie Lessa desde a infância

atualizado 31/07/2023 18:06

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Montagem com fotos coloridas do ex PM Ronnie Lessa e do inspetor Vinicius da Policia Civil do Rio de Janeiro - Metrópoles Reprodução

A delação premiada de um dos acusados de matar a vereadora Marielle Franco e o motorista Anderson Gomes joga luz sobre uma possível conivência de integrantes da polícia investigativa do Rio de Janeiro com os suspeitos.

Em sua delação para a Polícia Federal (PF), o ex-PM Élcio Queiroz, que estaria dirigindo o carro de onde foram disparados os tiros na vereadora, revelou que recebeu orientações de um inspetor da Polícia Civil do Rio de Janeiro (PC-RJ).

Segundo a delação, o inspetor da PC-RJ Vinícius de Lima orientou os depoimentos dos ex-PMs Élcio e Ronnie Lessa, antes de eles serem presos e acusados em 2019. Vinícius já foi considerado número 2 do ex-chefe da Polícia Civil Allan Turnowski.

“O Vinícius falou: ‘é bom pelo menos um de vocês lembrar de onde estava (no momento do crime). Se ninguém lembrar, aí fica uma coisa difícil. E vocês não indo com advogado, já fica uma coisa melhor, que vocês não estão devendo nada’. Então a gente ficou mais tranquilo nessa situação”, relatou Élcio para a PF, na delação.

Em um interrogatório por videoconferência em 2019, Lessa “afirmou que conhece desde criança Vinícius, que trabalha com o doutor Allan”.

A relação entre o inspetor Vinícius e o caso Marielle foi revelada pela Folha de S.Paulo e confirmada pelo Metrópoles na parcela do inquérito que se tornou público, após ter o sigilo levantado pela Justiça.

Número 2 da polícia

Vinícius era considerado o número 2 do ex-chefe da Polícia Civil delegado Allan Turnowski, preso em setembro do ano passado por suspeita de envolvimento com os bicheiros Fernando Iggnácio, morto em 2020, e Rogério de Andrade, segundo denúncia do Ministério Público do Rio.

Já em maio do ano passado, o próprio Vinícius foi investigado por envolvimento com bicheiros. Ele foi suspenso da Polícia Civil e passou a ser monitorado por tornozeleira eletrônica.

Élcio e Lessa estão presos desde março de 2019, acusados de executar o crime. Eles negavam, mas, neste ano, Élcio fez uma delação premiada e entregou mais informações e suspeitos de envolvimento com os assassinatos.

No dia 24 de julho, a PF cumpriu um mandado de prisão contra o ex-bombeiro Maxsuell Corrêa, suspeito de participar dos assassinatos, e sete mandados de busca e apreensão.

A reportagem tenta contato com os advogados de Vinícius. A defesa do inspetor negou “veementemente” que ele tenha aconselhado Élcio e Lessa.

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