Além de Carlos Bolsonaro, veja quem são os alvos da operação da PF

Dois assessores e um militar do Exército passaram por busca a apreensão da Polícia Federal nesta segunda-feira

atualizado 29/01/2024 12:59

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Carro da Policia Federal em frente a A sede da Abin, em Brasília HUGO BARRETO/METRÓPOLES

Operação da Polícia Federal (PF) que tem entre seus alvos o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos), no Rio de Janeiro, também mira ex-assessores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e de comunicação. A PF deflagrou mais uma fase da Operação Vigilância Aproximada nesta segunda-feira (29/1), com quatro alvos conhecidos até o momento.

As suspeitas apuradas são de que Carlos recebia dados de um esquema ilegal de espionagem dentro da Abin na gestão do delegado Alexandre Ramagem durante o governo de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Fontes ligadas à investigação chegaram a dizer que o equipamento estaria em um endereço ligado ao próprio Carlos, mas houve um recuo em relação a essa informação, com posterior confirmação de que o computador da Abin estava em uma casa de um dos alvos, na Bahia.

Os mandados de busca e apreensão miram o núcleo político beneficiado pela chamada “Abin paralela” de Jair Bolsonaro (PL).

Entre os endereços visitados pela PF, estão a residência de Carlos e o gabinete do vereador na Câmara do Rio de Janeiro, além da casa de praia da família Bolsonaro em Angra dos Reis.

Os alvos da fase da operação desta segunda são o vereador Carlos Bolsonaro e pessoas ligadas a ele. São alvos da operação:

  • Aassessora de Carlos, Luciana Paula Garcia da Silva Almeida;
  • A assessora de Alexandre Ramagem, Priscila Pereira e Silva
  • O militar do Exército cedido para a Abin na gestão de Ramagem, Giancarlo Gomes Rodrigues, onde o computador da Abin foi encontrado.

As buscas foram autorizadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

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PF na casa de Carlos Bolsonaro
PF faz operação em condomínio de Carlos Bolsonaro, no Rio de Janeiro
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O vereador Carlos Bolsonaro é alvo de operação da PF

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PF na casa de Carlos Bolsonaro

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PF faz operação em condomínio de Carlos Bolsonaro, no Rio de Janeiro

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Operação Vigilância Aproximada

A operação desta segunda é um desdobramento de ação deflagrada pela PF na última semana, quando foram cumpridos mandados de busca em endereços ligados a policiais federais que fizeram parte da cúpula da Abin na gestão de Alexandre Ramagem, que foi diretor da Agência entre 2019 e 2022 e atualmente é deputado federal pelo PL.

Segundo a PF, a Abin foi usada de forma ilícita para interferir em investigações que poderiam prejudicar os filhos de Bolsonaro.

A agência teria trabalhado para produzir provas favoráveis a Renan Bolsonaro, filho mais novo de Jair, e na preparação de relatórios para a defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL), outro filho do ex-presidente, em investigações sobre “rachadinhas”. Além disso, é investigada a espionagem ilegal de opositores, o que inclui políticos e até ministros do STF.

Em nota divulgada mais cedo, a PF informou que a operação “busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas”.

Veja a íntegra da nota da PF:

A Polícia Federal cumpre, na manhã desta segunda-feira (29/1), novos mandados de busca e apreensão em continuidade à Operação Vigilância Aproximada, deflagrada na última quinta-feira. O objetivo é investigar organização criminosa que se instalou na Agência Brasileira de Inteligência (Abin) com o intuito de monitorar ilegalmente autoridades públicas e outras pessoas, utilizando-se de ferramentas de geolocalização de dispositivos móveis sem a devida autorização judicial.

Estão sendo cumpridos nove mandados de busca e apreensão em Angra dos Reis/RJ (1), Rio de Janeiro/RJ (5), Brasília/DF (1), Formosa/GO (1) e Salvador/BA (1).

Nesta nova etapa, a Polícia Federal busca avançar no núcleo político, identificando os principais destinatários e beneficiários das informações produzidas ilegalmente no âmbito da Abin, por meio de ações clandestinas. Nessas ações eram utilizadas técnicas de investigação próprias das polícias judiciárias, sem, contudo, qualquer controle judicial ou do Ministério Público.

Os investigados podem responder, na medida de suas responsabilidades, pelos crimes de invasão de dispositivo informático alheio, organização criminosa e interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei.

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