O Ministério da Agricultura (Mapa) enviou documentos sobre casos de gripe aviária para o governo do Japão para tentar acabar com a suspensão de exportação de aves. O país asiático embargou a compra de produtos avícolas depois da detecção do vírus Influenza A de alta patogenicidade (H5N1) em Santa Catarina.
“Seguindo a determinação de celeridade e transparência em relação aos casos de IAAP, o Mapa enviou nesta segunda-feira (17/7) os esclarecimentos demandados e segue trabalhando para que o impacto das restrições seja o menor possível aos exportadores brasileiros”, informou o Ministério da Agricultura por meio de nota.
No último sábado (15/7), um foco de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) no município de Maracajá, em Santa Catarina, foi detectado. Os animais eram domésticos e utilizados para o consumo de subsistência dos proprietários do local. No imóvel rural eram criados galinha, galinha-d´angola, faisão, ganso, pato, perdiz e peru.
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A propriedade rural possui uma pequena área de açude, onde os animais domésticos tinham contato com aves silvestres de vida livre. O local foi interditado pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) e todas as aves foram eutanasiadas e as carcaças foram destruídas e enterradas.
Desde a confirmação do foco de gripe aviária o Japão decidiu suspender a compra de produtos avícolas, carne de ave e ovos de Santa Catarina. O embargo foi informado por meio de um ofício do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal do Ministério da Agricultura aos frigoríficos que realizam a exportação para o país asiático.
O embargo partiu do Ministério da Agricultura, Florestas e Pesca do Japão (MAF). O governo japonês pediu que o Ministério da Agricultura do Brasil apresentasse informações detalhadas sobre o caso para derrubar a suspensão.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro (PSD), deverá se encontrar com autoridades japonesas em Tóquio, na próxima semana, para debater as exigências para importação de aves brasileiras
O primeiro caso de gripe aviária foi confirmado no Brasil em 15 de maio em animais silvestres da espécie Thalasseus acuflavidus, popularmente chamado de trinta-réis-bando. Desde então o Mapa instalou permanente estado de alerta e passou a intensificar ações para conter o avanço da doença no país.
