Goiânia – Três adolescentes suspeitos de participarem de um estupro coletivo contra uma menina de 14 anos, em Silvânia, na região central de Goiás, tiveram os celulares apreendidos na terça-feira (18/4). Em um dos aparelhos, havia um vídeo do crime. O caso também é acompanhado pelo Ministério Público de Goiás (MPGO).
De acordo com o delegado responsável pela investigação, Leonardo Sanches, durante depoimento, o autor do vídeo ficou em silêncio, mas os outros jovens confessaram o crime. Nas imagens, é possível ver que a vítima foi dopada, estava inconsciente e não tinha condições de apresentar qualquer tipo de resistência.
O crime ocorreu na noite da última sexta-feira (14/4), na zona rural da cidade, depois que os adolescentes convidaram a garota para um passeio a cavalo. Informações preliminares indicam que os jovens estudavam na mesma escola. Um homem que cuidava dos animais e era companheiro de cavalgada dos garotos acabou preso por participação no crime.
O jovem detido preventivamente deve ser indiciado por estupro coletivo de vulnerável e por fornecer bebidas alcoólicas para os adolescentes. Outros três menores de 18 anos também foram apreendidos. Eles estão internados e devem passar por audiência nesta quarta-feira (19/4), na Vara da Infância e da Juventude da Comarca de Silvânia, onde será decidida a medida socioeducativa adequada ao caso. Eles respondem por ato infracional análogo ao crime de estupro coletivo.
Histórico de indisciplina
O diretor da escola em que os jovens estudavam foi ouvido pelo delegado. Os três adolescentes tiveram as fichas investigadas e, segundo Sanches, têm vários episódios de indisciplina. A vítima era conhecida do grupo, e eles interagiam nas redes sociais.
Também foi identificado onde e como o grupo conseguiu comprar bebidas. Ainda segundo o delegado, um dos adolescentes tentou comprar bebidas alcoólicas, mas a dona do estabelecimento não vendeu. Por isso, o adolescente passou o dinheiro para o maior de 18 anos, que desceu do cavalo e comprou.
Agora, pontua o investigador, o objetivo é saber de quem foi a ideia de levar a vítima para o mato.
