Adolescente de 13 anos é morto durante operação da PM no Rio

Thiago Menezes Flausino foi atingido por pelo menos cinco tiros, segundo familiares. O adolescente sonhava em ser jogador de futebol

atualizado 07/08/2023 10:39

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Reprodução/Redes sociais

Thiago Menezes Flausino, 13 anos, morreu baleado, na noite de domingo (6/8), durante operação da Polícia Militar na Cidade de Deus, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio de Janeiro. Segundo familiares, o adolescente foi atingido por cinco disparos.

Além de acusar os PMs envolvidos na operação pela morte do adolescente, moradores da comunidade e a família da vítima alegam que os militares alteraram a cena do crime. De acordo com a tia de Thiago, Nathaly Bezerra Flausino, os policiais chegaram ao local atirando.

“Eles estavam de moto na principal da CDD, a polícia encontrou com eles e deu muitos tiros neles. Deu muito tiro neles. Meu sobrinho é pequeno, tem corpo de criança, e está com mais de cinco tiros espalhados pelo corpo. Muito tiro em uma criança de 13 anos”, relatou ao G1 a tia do adolescente.

Outra testemunha, que não quis ser identificada, confirmou a versão dos familiares da vítima e considerou a ação da PMERJ como “desastrosa”.

“Quando eles viram que a criança já estava morta com um tiro fatal, eles queriam tirar o corpo da criança do chão. Nós peitamos, e não deixamos eles levarem o corpo da criança”, contou a testemunha.

Um morador, também de identidade preservada, disse que os policiais chegaram a simular uma troca de tiros na comunidade.

Sonho interrompido

Além de muito querido pelos moradores da comunidade, Thiago sonhava em ser jogador de futebol profissional. O adolescente era aluno do projeto social Canelinhas Futebol Clube, da Cidade de Deus.

“Sem contar que era nossa estrela do futebol”, disse a tia do adolescente, Nathaly.

Imagem colorida de Thiago Menezes Flausino - Metrópoles
Thiago sonhava em ser jogador de futebol profissional

A morte de Thiago gerou indignação dos moradores, que exigem explicações. A União Nacional dos Estudantes (UNE) questionou a operação da PM: “Até quando essa guerra miliciana irá ceifar a vida da juventude negra brasileira. Queremos justiça! Não só por Thiago, mas por todos aqueles que morreram inocentemente”.

O que diz a PMERJ

Nas redes sociais, a PMERJ informou que, durante a operação na comunidade, “um criminoso ficou ferido ao entrar em confronto com policiais”. Além disso, uma “arma de fogo” foi apreendida com o suspeito.

Veja a postagem:

A publicação da PMERJ dá a entender que o adolescente morto era um “criminoso”. Família de Thiago nega

Em nota enviada ao Metrópoles, a PMERJ informou que a Corregedoria Geral vai “averiguar as circunstâncias da ação”. A Secretaria de Estado de Polícia Militar disse que também “colabora integralmente” com as investigações conduzidas pela Polícia Civil.

Conforme a PMERJ, os policiais envolvidos na ocorrência informaram que realizavam policiamento na esquina da Estrada Marechal Miguel Salazar com Rua Geremias “quando dois homens em uma motocicleta atiraram contra a guarnição”.

Ainda de acordo com o pronunciamento, após o confronto, “um adolescente foi encontrado atingido e não resistiu aos ferimentos”. Além disso, os PMs apreeenderam uma pistola calibre 9mm no local. A área foi isolada e a Delegacia de Homicídios foi acionada.

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