8/1: suspeito de blindar acampamento golpista presta depoimento à CPI

General Gustavo Dutra é suspeito de proteger manifestantes golpistas que montaram acampamento em frente ao Quartel-General no DF por 2 meses

atualizado 14/09/2023 7:57

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General Gustavo Henrique Dutra de Menezes Divulgação

O general Gustavo Henrique Dutra de Menezes, suspeito de blindar o acampamento golpista no quartel-general do Exército em Brasília (DF), será ouvido pela Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do 8 de Janeiro nesta quinta-feira (14/9). O depoimento do ex-comandante do Comando Militar do Planalto (CMP) começará a partir das 9h.

O general do Exército era o responsável por chefiar os arredores do Comando Militar do Planalto, onde militantes bolsonaristas montaram acampamento por quase dois meses. O acampamento só foi desocupado na manhã de 9 de janeiro, um dia após os atos antidemocráticos na Praça dos Três Poderes. Mais de 1,2 mil pessoas foram presas na ação.

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Invasão do Congresso Nacional em Brasília (DF)

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A convocação do general aconteceu após oito parlamentares protocolarem requerimentos pelo seu depoimento – seis deles foram de parlamentares da oposição. O senador Eduardo Girão (Novo-CE), por exemplo, diz que o CMP não foi incluído na estratégia de segurança para a data, apesar de ter oferecido suas tropas. A afirmação é do general, em oitiva na Polícia Federal (PF).

Encontro com Torres

No entanto, documentos obtidos pelo Metrópoles mostram que o general se reuniu com o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres 48h antes do atentado à democracia.

O registro da reunião mostra o encontro às 10h do dia 6 de janeiro, uma sexta-feira, na sala de reuniões da Secretaria de Segurança Pública. Torres viajou para os Estados Unidos (EUA) na noite daquele mesmo dia. Dutra acabou exonerado pelo presidente Luiz Inácio Lula (PT), em abril. O ex-secretário de Segurança Pública do DF foi preso em janeiro, mas já teve sua liberdade provisória concedida pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em maio deste ano.

Por sua vez, parlamentares do governo, como o deputado Duarte Jr. (PSB-MA) e a deputada Duda Salabert (PDT-MG), afirmam que o Exército agiu ativamente para impedir o desmonte do acampamento montado em frente ao Quartel-General em Brasília.

Barreira no QG

Na madrugada do 8 de Janeiro, a tropa de Choque da Polícia Militar (PM) foi mobilizada para desmontar o acampamento bolsonarista, mas acabou surpreendida por integrantes do Exército, que fizeram uma barreira para proteger os manifestantes e impedir a desmobilização no local. A Força chegou a usar dois blindados para cercar as estruturas montadas pelos golpistas.

Em depoimento à CPI do 8 de Janeiro na Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF), Dutra disse que não era atribuição do CMP interferir no acampamento, porque os manifestantes não atrapalhavam o “dia a dia do quartel”. Além disso, o general também afirmou que o Exército não teria recebido ordem judicial para desmontar o acampamento antes do dia 8.

“Manter a ordem”

O Exército chegou a tentar desmontar o acampamento em frente ao Quartel-General em Brasília no dia 28 de dezembro. No entanto, os militares desistiram da ação. Na época, a Força alegou que a decisão foi tomada para “manter a ordem”.

“A atividade foi conduzida em coordenação com os órgãos do Governo do Distrito Federal (GDF), mas foi suspensa no intuito de manter a ordem e a segurança de todos os envolvidos”, disse a corporação, em nota.

A operação de retirada do acampamento contava com o Exército Brasileiro, a Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) e servidores do DF Legal. Manifestantes bolsonaristas, no entanto, protestaram contra o desmonte das barracas.

Veja o vídeo abaixo:

 

A coordenação da operação, que era do Exército, então desistiu da retirada das estruturas do acampamento.

A CPMI já solicitou a quebra do sigilo telefônico e telemático do general Dutra e recebeu o relatório do material em agosto.

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