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Por que o Congresso entrou em embate com STF só agora?

Movimento tem por trás a candidatura de Davi Alcolumbre à presidência do Senado em 2025

atualizado 04/10/2023 20:34

Imagem colorida de Rodrigo Pacheco e Davi Alcolumbre no plenário do Senado - Metrópoles Pedro França/Agência Senado

A agenda anti-STF que tomou conta do Congresso Nacional nesta semana tem a ver com duas presidências: a já assumida pelo ministro Luis Roberto Barroso, no Supremo Tribunal Federal; e a sucessão de Rodrigo Pacheco (PSD-MG) à frente do Senado.

Com apenas uma semana na presidência do STF, Barroso se vê no centro de uma briga que já havia começado sob o comando de Rosa Weber. Visto como progressista, o ministro se tornou o alvo de deputados e senadores insatisfeitos com os avanços do STF sobre pautas de costumes.

Davi Alcolumbre (União Brasil-AP) aproveitou a deixa para plantar em Pacheco a ideia de reclamar a competência do Congresso sobre esses assuntos. As recentes falas do presidente do Senado contra os julgamentos do Marco Temporal, maconha e aborto, por exemplo, têm canetadas de Alcolumbre.

O movimento de Pacheco ao propor uma PEC que defina mandatos a ministros do STF e o renascimento da PEC que limita os poderes da Corte também foram patrocinados pelo amapaense.

Segundo senadores, Alcolumbre quer se tornar o candidato solo do centro, da direita e da extrema-direita em 2025, conquistando o apoio de todos os congressistas destes blocos. 

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