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Na China, Lira monta gabinete para acompanhar votação das offshores

Presidente da Câmara colocou líderes em alerta para aprovação do projeto sem sustos

atualizado 16/10/2023 22:27

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados Vinícius Schmidt/Metrópoles

Mesmo com o fuso horário completamente contrário ao de Brasília, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), quer acompanhar de perto a votação sobre a taxação dos fundos exclusivos e de offshores, marcada para hoje (17/10).

O deputado montou um gabinete com assessores para monitorar como o Centrão votará na pauta do governo. A Câmara está sob controle de Marcos Pereira (Republicanos-SP), o vice.

Lira também cobrou de todos os seus companheiros de viagem que vigiem todos os deputados que compõem a base. A comitiva de Lira tem a presença do líder do PT, Zeca Dirceu (PR); do União Brasil, Elmar Nascimento (BA); do PDT, André Figueiredo (CE); e do Avante, Luis Tibé (MG). 

A expectativa é que o projeto fosse votado só em 24 de outubro, quando Lira volta de viagem, mas o presidente da Câmara resolveu antecipar a tramitação por três motivos:

  • Quer mostrar que Câmara dos Deputados consegue trabalhar e ter votações importantes sem o seu presidente. Antes, a expectativa é que as próximas semanas seriam de casa vazia e inerte. A sinalização atual visa uma “demonstração de Câmara forte e coesa”, segundo deputados do Centrão. 
  • Em 14 de outubro, o PL das offshores entrou em caráter de emergência constitucional e obriga que os deputados votem o texto. Seriam pelo menos 10 dias de travamento de pauta, seguindo a volta de Lira. A casa tem agora 45 dias para aprovar ou desaprovar o projeto;
  • Lira sinaliza ao governo Lula que a obstrução pode chegar ao fim. O líder do Centrão espera, agora, que o Palácio do Planalto decida as indicações na Caixa Econômica Federal e na Funasa.
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