A CPMI do 8 de Janeiro será finalizada entre hoje (17/10) e amanhã (18), com a leitura e votação do relatório final da senadora Eliziane Gama (PSD-MA). O colegiado acaba frustrado sem ouvir aqueles se tornaram os principais alvos, da oposição e do governo, como Jair Bolsonaro (PL) e Flávio Dino. Ao blog, a relatora disse que a “estratégia” de acordo do presidente da CPMI, o deputado Arthur Maia (União Brasil-BA), atrapalhou os trabalhos, já que era impossível chegar a um consenso. Entre os convocados e convidados, 28 pessoas não terão a chance de falar.
É o caso do ex-presidente, alvo constante dos mais de 1.300 requerimentos não votados pela CPMI. O não comparecimento de Bolsonaro não impedirá que ele esteja implicado no relatório final. Como o blog mostrou, a relatora acolheu Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto e Augusto Heleno como os principais incitadores do golpe.
O relatório de mais de 1.000 páginas também aborda a leniência do Alto Comando do Exército em manter os acampamentos bolsonaristas em frente aos quartéis, sobretudo o de Brasília. É destacado o papel que esses lugares tiveram como incubadoras da ideia de golpe, ainda antes do 8 de Janeiro. O texto mostrará que tudo começou antes. Muito antes.
Assista ao mini-documentário “8 minutos da CPMI do Golpe” preparado pelo Blog do Noblat:
