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Lula prestigia PF com demissão de nº 2 da Abin, avaliam agentes

Alessandro Moretti caiu por ser citado em inquérito da Polícia Federal 

atualizado 30/01/2024 21:05

Com a demissão do diretor adjunto da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), a Polícia Federal (PF) se viu prestigiada por Lula (PT), que tomou a decisão depois de ação da corporação contra a “Abin paralela”.

O presidente demitiu Alessandro Moretti só por ele ser citado no inquérito. Não houve denúncia, sequer condenação. Moretti foi apontado como o operador de um conluio com Alexandre Ramagem (PL-RJ) para atrapalhar as investigações da PF. 

Segundo agentes da Polícia Federal que conversaram com o blog, a decisão do presidente mostra o prestígio que a atual PF tem com o governo. O trabalho é confiável, segundo avaliam.

Lula pode fazer mais mudanças

Como o blog mostrou, o novo n.º 2 da Abin será o professor e cientista político Marco Cepik, atualmente diretor da Escola de Inteligência da Abin (Esint). Lula até mesmo ensaiava a entrada de Cepik na direção-geral, mas o movimento não se consolidou.

Interlocutores de Lula pressionam para que o presidente exonere também o diretor-geral, Luiz Fernando Corrêa, mas este é segurado por Rui Costa, ministro da Casa Civil —ministério o qual a Abin está vinculada. Corrêa também foi diretor da Polícia Federal entre 2007 e 2010 e Lula tem muita confiança nele.

No entanto, trocas nas superintendências do Rio de Janeiro e em Brasília são vistas como um alento para a manutenção de Corrêa. A equipe do presidente pressiona por uma reformulação total da Abin, já que esta continua “bolsonarista”, avaliam.

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