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Congressistas articulam derrubada de veto de Lula, mas sem Arthur Lira

Presidente da Câmara já havia negociado com Lula sobre o veto de parte das emendas de comissão 

atualizado 22/01/2024 21:59

Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados Vinícius Schmidt/Metrópoles

O presidente Lula (PT) sancionou com vetos a LOA (Lei Orçamentária Anual) de 2024, ontem (22/01). Um dos vetos foi o incremento de R$ 5,6 bilhões no valor de emendas de comissão parlamentar. O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL) já sabia que o ajuste seria derrubado.

Insatisfeitos, congressistas do Centrão começam a articular pela derrubada deste veto. Liderados pelo relator da LDO, o deputado Danilo Forte (União Brasil-CE), querem Lira fora dessa negociação, já que o presidente da Câmara está sendo visto como muito próximo do governo.

De fato, Lira está próximo de Lula por seus motivos. Quer finalizar o último ano como presidente da Câmara tendo uma agenda reformista e deixando um “legado verde” na Câmara. O governo já sabe que quando a coisa apertar, terá que ceder nas pautas de Lira. A reforma administrativa, por exemplo, já está no radar.

Voltando à LOA, os deputados e senadores querem retomar o valor que Forte havia sugerido: R$ 16 bilhões. 

Já o governo tem outros planos. Quer usar o valor excedente, R$ 5,6 bi, para o Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento). O veto, inclusive, havia sido sugerido por Rui Costa (Casa Civil), que controla o programa.

Segundo o senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP), líder do governo no Congresso, o corte se deu pela queda da inflação, motivo de “celebração” para governo e Congresso. 

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