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SP Alto Astral: Sala de Meditação mais antiga em hospitais faz 25 anos

Espaço para Práticas Integrativas e Complementares, que fica no Hospital do Servidor Público da cidade de São Paulo, foi a primeira do país

atualizado 28/12/2023 14:35

O HSPM (Hospital do Servidor Público Municipal) de São Paulo completará 25 anos, em 2024, de criação da Sala de Meditação, espaço onde, além de meditar, os pacientes podem se beneficiar de práticas integrativas para o cuidado da saúde, que são oferecidas de forma presencial ou online.

Essa é a primeira sala de meditação em um hospital público do país. O objetivo é atuar na manutenção da saúde física, mental e espiritual dos pacientes em conjunto com a prática médica convencional.

A criação da sala em 1999 veio para atender uma demanda do ambulatório de acupuntura do HSPM, oferecendo a meditação, que se tornou mais uma opção terapêutica para esses pacientes.

Com o tempo, diversos voluntários se interessaram em oferecer atendimentos gratuitos no espaço e, hoje, estão disponíveis terapias que incluem técnicas de imposição de mãos (toques das mãos em pontos energéticos para relaxamento neural e fortalecimento do sistema imunológico), como Reiki, Barras de Access e Estimulação Neural.

Há também atendimento de outras técnicas, como Meditação, Constelação Sistêmica Familiar (método terapêutico de resolução de conflitos), Cura das Atitudes (para transformar atitudes negativas), Florais Alquímicos (extratos de flores diluídos em álcool ou água para restaurar o bem-estar e a autoconfiança), Fitoterapia (so de plantas contra doenças), Hipnoterapia, Práticas Antroposóficas (técnicas da Medicina Antroposófica), entre outras.

Algumas fazem parte das 29 Práticas Integrativas e Complementares reconhecidas pelo Ministério da Saúde, com atendimento gratuito pelo SUS (Sistema Único de Saúde).

Dayane Tavares Brandão, 33 anos, assistente de suporte operacional do HSPM, foi uma das pacientes atendidas pelo grupo de voluntários. Ela recorreu à estimulação neural durante a gravidez.

Dayane engravidou em 2021, quando a pandemia ainda estava em curso. Ela e o marido desejavam muito ter um menino, mas o primeiro trimestre da gestação teve complicações, com diversos episódios de sangramento. Além disso, o medo de contaminar a si ou a familiares com o coronavírus ou até perder o bebê agravou o estado de saúde dela.

Durante um dos episódios de sangramento, os médicos chegaram a dizer que a gravidez não ia “vingar” porque ela estaria abortando. Quando soube que o bebê que esperava era justamente um menino, a apreensão ficou ainda maior.

Durante uma consulta de pré-natal, a médica obstetra observou sintomas de ansiedade e hipotensão, além de dores e medo de usar a máscara para prevenir contra o coronavírus – nada que a medicina tradicional pudesse ajudar. Foi então que indicou a terapia de estimulação neural. 

“Senti diferença desde a primeira vez, e meu bebê, que vivia agitado, também se acalmava. Eu fazia uma vez por semana e saía completamente ‘restaurada’, com equilíbrio mental para seguir em frente”, relata.

O bebê nasceu bem e com saúde no final de dezembro do ano passado.

Dayane continua trabalhando no HSPM e, atualmente, faz Lian Gong (prática corporal contra dores no corpo) duas vezes por semana para manter o equilíbrio físico e mental.

As práticas integrativas estão embasadas na recomendação da OMS (Organização Mundial de Saúde) que, desde a década de 1970, incentiva que as políticas públicas incluam os recursos da medicina tradicional chinesa na atenção aos pacientes.

O atendimento da Sala de Meditação é voltado para servidores municipais da ativa, aposentados e dependentes. A programação pode ser conferida aqui.

Foto colorida da fachada do hospital - Metrópoles
Foto colorida da fachada do hospital – Metrópoles