Acostumado a exaltar as polícias de São Paulo em suas redes sociais, o governador Tarcísio Gomes de Freitas ainda não se manifestou a respeito da morte da policial civil Milene Bagalho Estevam, de 39 anos. O silêncio do governador não tem passado despercebido entre policiais paulistas, incluindo oficiais da Polícia Militar.
Milene morreu na noite do sábado (16/12), após ser baleada pelo empresário Rogério Saladino. Conforme a Secretaria de Segurança Pública, a policial tocou a campainha da casa de Saladino, no Jardim América, bairro nobre de São Paulo, para coletar imagens de um crime ocorrido na região no dia anterior. O empresário, no entanto, recebeu a agente a tiros e a atingiu.
Um colega de Milene Estevam, que também estava no local, reagiu aos disparos de Rogério Saladino e o matou. Um vigilante da casa também foi baleado pelo policial e morreu. Milene Bagalho Estevam deixou uma filha de cinco anos.
Neste sábado (17/12), dia seguinte ao crime nos Jardins, as contas de Tarcísio em Facebook, X (antigo Twitter) e Instagram publicaram “mais uma conquista para celebrar”, o número recorde de empresas abertas no estado em 2023, 283 mil.
Na véspera do assassinato da investigadora, o governador havia celebrado na rede social os 192 anos da PM de São Paulo, “a melhor polícia militar do Brasil”, em suas palavras.
