Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Registro de suposta vacina de Bolsonaro em SP foi feito um ano depois

Polícia Federal encontrou registros de vacina em Duque de Caxias, que levaram a operação, mas registro em São Paulo é inexplicado

atualizado 03/05/2023 15:28

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Jair Bolsonaro e o advogado Marcelo Bessa em garagem de casa com carro ao fundo Breno Esaki/Metrópoles

Em investigação que levou à operação deflagrada nesta quarta-feira (3/5), a Polícia Federal identificou registros falsos de vacina de Jair Bolsonaro em Duque de Caxias (RJ) em 2022.

Esse, porém, não é o único registro feito no nome do ex-presidente na Rede Nacional de Dados em Saúde. Em investigação conduzida pela Controladoria-Geral da União (CGU), foi encontrada uma suposta aplicação de vacina em 19 de julho de 2021, em São Paulo, na UBS Parque Peruche.

Naquele dia, Bolsonaro teve alta no Hospital Vila Nova Star, na zona sul de São Paulo, e voltou para Brasília. A UBS Parque Peruche fica na zona norte, distante de onde o ex-presidente esteve na viagem.

Segundo a investigação conduzida pela CGU, o registro foi inserido no sistema entre o primeiro e o segundo turno das eleições de 2022, mais de um ano depois da suposta vacina, o que é um indício de que deve ser fraudulento.

No início deste ano, em meio à discussão sobre a abertura do sigilo do cartão de vacina de Bolsonaro, o Ministério da Saúde foi procurado pela CGU para fornecer informações sobre os registros de vacina de Bolsonaro.

A CGU enviou a apuração sobre o caso para a Polícia Federal em meados de fevereiro, identificando os dois locais em que constavam supostas vacinações de Bolsonaro: São Paulo e Duque de Caxias.

Foi a investigação a respeito desses registros que atrasou a divulgação da carteira de vacinação do ex-presidente.

Bolsonaro diz que não tomou vacina, mas a CGU e a Polícia Federal ainda não explicaram a origem do registro de 19 de julho de 2021. Há apurações em andamento nos dois órgãos.

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