Na Polícia Federal (PF), a CPMI do 8 de Janeiro, instalada recentemente no Congresso Nacional, é vista com bons olhos.
Investigadores acreditam que deputados e senadores vão conseguir encontrar novas pistas sobre os atos golpistas e as milícias digitais, já que, numa CPMI, há liberdade para tomar depoimentos de pessoas que não necessariamente seriam ouvidas pela PF e a liberdade dos senadores para inquirir é bem maior do que a dos policiais e procuradores.
Na visão desses mesmos investigadores, a chance de vazamento por meio dos parlamentares de informações dos inquéritos sobre atos antidemocráticos em tramitação no Supremo Tribunal Federal (STF) é baixa, já que o relator, Alexandre de Moraes, tem resguardado o sigilo e não deve compartilhar nada que comprometa as diligências.
Fontes da PF acreditam que, para os bolsonaristas, a CPI será um tiro no pé — vai acabar trazendo à tona mais elementos comprovando a participação de integrantes do antigo governo na tentativa de golpe de Estado de 8 de janeiro e na promoção de conteúdo extremista na internet.
