O Palácio do Planalto devolveu à Polícia Federal um servidor que trabalhava cedido ao órgão e que depôs ao Supremo Tribunal Federal sobre a omissão do Gabinete de Segurança Institucional no 8 de janeiro. O funcionário trabalhava recentemente na Secretaria Extraordinária de Segurança Presidencial, que havia sido criada para fazer a segurança de Lula, e que foi desfeita, após a função ser delegada ao Gabinete de Segurança Institucional.
O servidor disse no depoimento à PF que, quando a Polícia Militar entrou no Palácio do Planalto, militares escoltaram os invasores até a saída de emergência, como se para evitar que os golpistas fossem presos.
O depoimento do servidor influenciou a decisão do ministro Alexandre de Moraes de que seria a Corte, e não a Justiça Militar, quem julgaria os crimes de militares nos atos do 8 de janeiro.
Procurada, a Casa Civil, onde o servidor estava lotado, afirmou que ele foi devolvido à PF após o fim da vigência do decreto que havia criado a Secretaria Extraordinária de Segurança Presidencial. O ministério disse que todos os ali lotados foram devolvidos para o órgão de origem.
O servidor, porém, tinha convites para outras duas áreas do ministério, mas a Casa Civil não autorizou sua cessão, sem explicar por quê.
