Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Número de brigadistas do Ibama deveria ser maior, diz presidente

Focos de incêndio na Amazônia estão acima da média com seca histórica na região; presidente do Ibama se queixa de orçamento

atualizado 24/10/2023 21:10

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Imagem colorida mostra desmatamento na Amazônia / Metrópoles Igo Estrela/Metrópoles

O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) contratou um número recorde de brigadistas para tentar conter as queimadas que se alastram pelo país, mas o número ainda está abaixo do ideal, segundo o presidente do instituto, Rodrigo Agostinho.

Houve 6.991 focos de queimadas até 29 de setembro, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), segundo pior resultado para o mês de setembro da série histórica, atrás apenas de 2022.

A seca piora o cenário por aumentar a possibilidade de fogo em floresta não desmatada, segundo Agostinho. Hoje, na Amazônia, 73% das áreas queimadas já haviam sido desmatadas nos últimos cinco anos.

“Na Amazônia boa parte é floresta úmida e que quando queima é por estar bem degradada ou já ter sido desmatada. Com a seca intensa, deve aumentar o fogo em floresta não desmatada e isso é mais grave.”

“O Ibama aumentou bastante o número de brigadistas (batemos o recorde). São 2.100. Compramos muito equipamento. Mas atuamos apenas em áreas federais. A maior parte dos focos acontece dentro do quintal das propriedades. Muitas vezes a responsabilidade é do estado que mantém os Corpos de Bombeiros”, disse o presidente do Ibama.

Houve um aumento de 17,5% na quantidade de brigadistas do Ibama em relação ao ano passado. No ICMBio o número também cresceu de 1.360 contratados em 2022 para 1.433 agora (5,3%).

“É insuficiente. Fui no limite do orçamento que eu tinha aprovado pelo Congresso”, afirmou Agostinho à coluna.

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