Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Nenhum partido pediu ao TSE para fiscalizar urnas da eleição municipal

Inscrições foram abertas há uma semana pelo TSE; todos os partidos são convidados a fiscalizar urnas e acessar o código-fonte

atualizado 10/10/2023 21:49

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Imagem colorida de urna eletrônica usada nas eleições Rafaela Felicciano/Metrópoles

Nenhum partido pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para participar da fiscalização das urnas eletrônicas para as eleições municipais do próximo ano. As inscrições foram abertas no último dia 4 e podem ser feitas até poucos dias antes do pleito, quando o sistema é lacrado.

Todos os partidos são convidados pelo tribunal para atuar no processo. Depois de as legendas ignorarem a fiscalização nos pleitos de 2016, 2018 e 2020, em 2022 três siglas se registraram: o PL de Bolsonaro, PTB e PV. As pessoas indicadas pelo PL assistiram a uma palestra no TSE, mas decidiram não inspecionar o código-fonte das urnas.

Também analisaram o sistema das urnas no ano passado a Polícia Federal, o Senado, a Controladoria-Geral da União, o Ministério Público Federal, a Universidade Federal do Rio Grande do Sul e as Forças Armadas, que recentemente foram retiradas da fiscalização. Os órgãos não apontaram falhas.

Bolsonaro atacou as urnas durante boa parte da campanha à reeleição presidencial. A legenda do então presidente foi multada em R$ 23 milhões por pedir a anulação de votos sem indicar qualquer prova de fraude. Atualmente, Bolsonaro está inelegível por oito anos, por ter atacado sem lastro o sistema eleitoral em uma reunião com embaixadores no Palácio da Alvorada.

Em agosto, o hacker Walter Delgatti afirmou à CPMI do 8 de Janeiro que Bolsonaro lhe pediu para tentar fraudar as urnas eletrônicas. Delgatti reforçou a acusação em depoimento à Polícia Federal. Ainda de acordo com o hacker, a equipe da campanha de Bolsonaro planejava usar uma urna emprestada para simular uma fraude durante o 7 de setembro do ano passado, a um mês da eleição.

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