Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Ministério pede que Congresso rejeite projeto do marco temporal

Câmara aprovou urgência para projeto do marco temporal, apoiado por ruralistas; Ministério dos Direitos Humanos vê "grande preocupação"

atualizado 26/05/2023 18:21

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Rafaela Felicciano/Metrópoles

O Ministério dos Direitos Humanos pediu nesta sexta-feira (26/5) que o Congresso rejeite uma proposta que dificulta a demarcação de terras indígenas no país. O projeto do marco temporal teve a tramitação de urgência aprovada na Câmara na quarta-feira (24/5).

A pasta afirmou ter “grande preocupação” com o avanço desse projeto, e alertou para possíveis violações de direitos humanos como consequência da aprovação. O ministério citou regras da Constituição, da Organização Internacional do Trabalho e da Organização das Nações Unidas para rebater a proposta.

“Este ministério se posiciona no sentido de que nenhuma medida que afete diretamente os povos indígenas seja tomada sem suas amplas participações e pede para que, no mérito, as deputadas e os deputados deste país rejeitem o PL 49/07, pelas violações de direitos humanos que pode acarretar”.

O projeto que ganhou prioridade de tramitação na Câmara prevê que só podem ser demarcadas terras indígenas que já eram ocupadas por essas populações quando a Constituição entrou em vigor, em 1988. A medida é defendida por ruralistas e criticada por ambientalistas e defensores dos direitos humanos.

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