Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Liberação de armas sob Bolsonaro será tema em 2º turno na Argentina

Adversário do ultraliberal Javier Milei, o peronista Sergio Massa pretende criticar as consequências da política armamentista de Bolsonaro

atualizado 23/10/2023 21:03

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Jait Bolsonaro, então presidente da República, posa com um fuzil de brinquedo ao lado de uma criança, em cerimônia realizada em 2021, em Belo Horizonte Reprodução/TV Brasil

É certo que as consequências da política armamentista de Jair Bolsonaro serão exploradas no segundo turno da eleição presidencial da Argentina. A coordenação da campanha do peronista Sergio Massa constatou que o tema tem potencial para tirar votos do ultraliberal Javier Milei.

A liberação de armas de fogo para a população é uma das principais propostas de Milei para a segurança pública na Argentina. A ideia encontrou eco na família Bolsonaro. No domingo (22/10), dia do primeiro turno da eleição, o deputado Eduardo Bolsonaro teve uma entrevista interrompida num canal de televisão argentino ao defender o armamentismo no país vizinho.

Massa disse em setembro, durante um ato de campanha, que prefere ver crianças indo às escolas com notebooks do que com armas. A relação entre a política armamentista de Bolsonaro e a profusão de ataques às escolas no Brasil deve ser lembrada por ele no segundo turno. Um novo ataque a tiros ocorreu nesta segunda-feira (23/10), em São Paulo, com a morte de uma adolescente.

Apesar do apoio declarado de Bolsonaro a Milei, as menções ao ex-presidente serão restritas à questão armamentista. Bolsonaro quase não foi citado no primeiro turno da eleição e não é visto como uma questão relevante para definir o voto dos argentinos.

Atual ministro da Economia, Massa conquistou 36,68% dos votos no primeiro turno, contra 29,98% de Milei. O segundo turno está previsto para o dia 19 de novembro.

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