Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

GSI promete apuração célere sobre informações compartilhadas com Cid

Sindicância foi aberta pelo GSI para apurar compartilhamento de informações sobre as viagens de Lula com Mauro Cid e assessores de Bolsonaro

atualizado 10/08/2023 12:08

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Vinicius Loures/Câmara dos Deputados

O chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Marcos Antonio Amaro dos Santos, disse à coluna que “o prazo será o mais curto possível” para concluir a sindicância sobre o compartilhamento de informações das viagens de Lula com Mauro Cid e outros assessores de Bolsonaro.

Amaro afirmou que os militares que enviaram os e-mails serão ouvidos em breve sobre o caso. A pasta não exonerou os envolvidos, como havia dito anteriormente, mas os afastou das funções durante a sindicância.

O GSI quer determinar se os militares foram culpados pela falha na segurança presidencial ou se a responsabilidade pelo erro foi da Casa Civil.

Cid recebeu informações sobre viagens e eventos de Lula até março. O braço-direito de Cid, Osmar Crivelatti, teve acesso aos e-mails do GSI até julho. O jornalista Marcelo Parreira mostrou que Cleiton Henrique Holzschuk, outro ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, foi abastecido com as mensagens até abril.

Os três bolsonaristas não foram retirados da lista de transmissão que recebe detalhes confidenciais para preparar as viagens da Presidência. A desativação das contas caberia à Diretoria de Tecnologia (Ditec), subordinada à Casa Civil.

Questionada sobre o caso, a Casa Civil disse que “a desativação de contas de e-mails de ex-servidores da Presidência da República está sendo automatizada, para que não dependa mais da ação humana”. O ministério, chefiado por Rui Costa, afirmou que a medida evitará “possíveis inconsistências”.

A Casa Civil também alegou que Osmar Crivelatti permanece como servidor da Presidência porque foi nomeado assessor do ex-presidente Jair Bolsonaro. A coluna questionou se o ministério considerava adequado o envio de detalhes sensíveis do governo Lula a Crivelatti, mas não houve resposta à pergunta.

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