Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Grupos questionam proposta do governo para cinema fora do eixo Rio-SP

Entidades enviaram carta ao ministério da Cultura pedindo esclarecimentos e lembrando a "maturidade industrial" de Rio de Janeiro e SP

atualizado 27/10/2023 16:52

Compartilhar notícia
Ancine Divulgação

Um grupo de quatro entidades enviou um ofício à ministra da Cultura, Margareth Menezes, pedindo esclarecimentos sobre uma proposta da Secretaria de Audiovisual para “deslocar” o cinema do eixo Rio-São Paulo.

Em entrevista ao jornalista Gabriel Bandeira, a secretaria de Audiovisual, Joelma Gonzaga, disse que haverá uma reformulação do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA). Segundo a reportagem, a ideia é distribuir melhor os investimentos, hoje concentrados na região Sudeste.

Em resposta, um grupo de quatro entidades, Associação Brasileira da Produção de Obras Audiovisuais, Brasil Audiovisual Independente, Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de São Paulo e Sindicato Interestadual da Indústria Audiovisual, enviou um ofício à ministra.

O documento elogia o esforço do ministério em retomar as políticas públicas de fomento à cultura no atual governo, mas pede um “melhor entendimento” sobre os planos do ministério para a verba de audiovisual, frisando que 62% das produtoras independentes do Brasil estão nesses dois estados.

“O estabelecimento de polos (como Rio e São Paulo) tem muitos propósitos, entre eles (…) otimizar recursos humanos que foram formados, capacitados e treinados para o seu ofício e, neste contexto, aproximar instituições relevantes e qualificadas para a preparação destes profissionais e talentos.”

Além disso, os polos otimizam a logística de quem trabalha no setor e facilitam o contato com “agentes da radiodifusão, televisão por assinatura, plataforma de vídeo sob demanda, complexo de salas de cinema, além das distribuidoras e telecomunicações”, segundo os grupos que assinam a carta.

“É bastante oportuno referenciar políticas bem estruturadas que geram oportunidades para todas as regiões do Brasil. Porém, não podemos ignorar a maturidade industrial que os principais polos como São Paulo e Rio de Janeiro conquistaram apesar de termos vividos momentos de desconstrução que juntos, governo e sociedade civil, estão buscando superar em breve espaço de tempo”, pontuam as associações.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Siga as redes do Guilherme Amado
Últimas da coluna
Compartilhar