Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Governo do RJ quer megaoperação na Maré “sem data para terminar”

Com ajuda da Força Nacional, governo do RJ planeja intervenção no Complexo da Maré; principal objetivo é o "uso de inteligência"

atualizado 28/09/2023 21:27

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força nacional-rio de janeiro FÁBIO MOTTA/ESTADÃO CONTEÚDO

O governo do Rio de Janeiro irá propor ao governo federal uma “operação única” no Complexo da Maré, mas “sem data para terminar”, com a ajuda da Força Nacional. A megaoperação terá como principal objetivo a instalação de câmeras de reconhecimento facial em todo o território da comunidade.

O governador fluminense, Cláudio Castro, junto com os representantes das forças de segurança do estado terão uma reunião, nesta sexta-feira (29/9), com o secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli. No encontro, o governo do RJ irá apresentar as propostas do estado para a intervenção e parceria federal.

Além da instalação das câmeras de reconhecimento facial, o governo do Rio de Janeiro irá propor que as entradas da Maré sejam bloqueadas por agentes da Força Nacional, por tempo indeterminado; que seja feito o uso extensivo de drones; e que ocorram operações específicas com o objetivo de “asfixiar” as duas facções do local, o Terceiro Comando Puro (TCP) e o Comando Vermelho.

As forças de segurança do Rio de Janeiro não querem ocupar o local, ou seja, não será uma nova versão das Unidades de Polícia Pacificadora (UPP) e do Cidade Integrada. Ambos projetos de ocupação de favelas do estado, com segurança e projetos sociais, que não deram certo. A principal característica dessa megaoperação é o uso de inteligência e tecnologia, segundo integrantes do governo fluminense.

A intervenção no Complexo da Maré em parceria com o governo federal é uma resposta aos vídeos divulgados no último domingo (24/9) pela TV Globo, em que traficantes aparecem fazendo treinamento militar nos espaços públicos da comunidade.

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