Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Deputados vão a Cuba e desfalcam base de Lula em dia de derrota

Cinco deputados da base aliada, do PT e do União Brasil, passaram a semana em Cuba, e só um votou para tentar impedir a derrota de Lula

atualizado 04/05/2023 21:17

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Foto publicada no Instagram mostra o deputado federal Washington Quaquá andando em frente ao Capitólio de Cuba, em Havana Reprodução/Instagram

Cinco deputados da base governista trocaram o plenário da Câmara por Cuba nesta semana, quando a articulação política do governo Lula falhou mais uma vez. O presidente viu alterações que havia feito por meio de decreto no marco do saneamento básico serem derrubadas.

Quatro são deputados pelo Rio de Janeiro: os petistas Washington Quaquá e Dimas Gadelha e Ricardo Abrão e Juninho do Pneu, ambos do União Brasil. O quinto é o petista baiano Valmir Assunção.

Gadelha foi o único integrante da comitiva que votou à distância contra o projeto de um deputado do PP que anulou as mudanças feitas por Lula no marco do saneamento.

Abrão, suplente da ministra do Turismo, Daniela do Waguinho, e Juninho do Pneu não fizeram postagens sobre a viagem nas redes sociais. O União Brasil conta com três ministérios no governo Lula, mas não deu nem um voto para ajudá-lo.

Quaquá disse que, embora estejam a convite do governo cubano e em missão oficial, o grupo foi ao país caribenho com recursos próprios. Não há no site da Câmara dos Deputados nenhuma menção a uma viagem dos quatro deputados em missão pelo Parlamento.

Fotos e vídeos compartilhados pelos políticos mostram agendas na Assembleia Nacional e no porto de Mariel, mas também confraternizações com o ator José de Abreu e o escritor Fernando Morais. Abreu grava um filme em Havana, enquanto Morais lança a biografia de Lula no país.

Valmir Assunção, do PT da Bahia, está em missão oficial para participar do Encontro Internacional de Solidariedade com Cuba. O petista esteve com o líder cubano, Miguel Díaz-Canel, mas também não votou para impedir a derrota do governo.

A tempo: a presença dos deputados na Câmara não faria muita diferença para Lula diante do massacre em plenário. A derrubada dos decretos ocorreu com 295 votos, e apenas 136 parlamentares foram contrários.

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