Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

De férias, membros de comissão de inteligência não trataram de Ramagem

Parlamentares que integram a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência estão de férias e não firmaram posição sobre Ramagem

atualizado 25/01/2024 21:09

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De férias pelo Brasil e no exterior, os parlamentares que integram a Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI) não se falaram sobre a manutenção do deputado Alexandre Ramagem no colegiado. Ramagem é o principal alvo da operação da Polícia Federal que investiga, nesta quinta-feira (25/1), o uso da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) para espionar adversários políticos no governo Bolsonaro.

A comissão investigou, ao longo do ano passado, se o software “First Mile” foi usado para monitorar jornalistas, políticos e ministros do STF. Ramagem, como integrante do colegiado, participou do processo de apuração.

A PF defendeu, em manifestação enviada ao ministro do STF Alexandre de Moraes, que Ramagem deveria ser afastado das funções públicas por ter acessado informações sigilosas sobre as investigações relacionadas ao “First Mile”. Moraes negou o pedido.

O presidente da comissão, deputado Paulo Alexandre Barbosa, do PSDB de São Paulo, emitiu nota dizendo que pretende reunir todos os integrantes da comissão para discutir o assunto nos próximos dias. Neste momento, Barbosa encontra-se no litoral de São Paulo.

Os demais parlamentares da comissão seguem normalmente suas férias em redutos eleitorais e até no exterior. Aliados de Ramagem, o deputado Eduardo Bolsonaro está em viagem por Portugal, enquanto o senador Ciro Nogueira, do PP do Piauí, participa da inauguração de uma escola na cidade de Ilha Grande. Pela base do governo, o deputado Aguinaldo Ribeira, do PP da Paraíba, inaugura um colégio em João Pessoa, e o senador Eduardo Braga, do MDB do Amazonas, faz reuniões com lideranças políticas de seu estado.

O próprio Ramagem só estava em Brasília nesta quinta, data da operação, porque participou no dia anterior de um ato de desagravo a Carlos Jordy, o colega de Câmara que foi alvo de outra operação da PF na semana passada.

(Atualização às 21h10 de 25 de janeiro de 2024: Em nota, o senador Fabiano Contarato informou que pediu à comissão o acesso à lista de autoridades espionadas pela Abin na gestão de Alexandre Ramagem, além de documentos sobre o caso.)

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