Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Coronel que chefiou relatório militar das urnas silencia sobre hacker

Hacker disse que orientou grupo da Defesa; coronel da ativa do Exército, Marcelo Nogueira alegou não ter "autorização para falar"

atualizado 19/08/2023 6:25

Compartilhar notícia

O coronel do Exército Marcelo Nogueira, que coordenou o relatório do Ministério da Defesa sobre as urnas eletrônicas no ano passado, silenciou sobre as acusações do hacker Walter Delgatti feitas à CPMI do 8 de Janeiro na quinta-feira (17/8). Delgatti disse ter orientado a elaboração do documento oficial.

Disse Delgatti aos parlamentares: “Tudo isso que eu repassei a eles [militares] consta no relatório que foi entregue ao TSE. Eu posso dizer hoje que, de forma integral, aquele relatório tem exatamente o que eu disse, não tem nada menos e nada mais”.

9 imagens
Hacker Walter Delgatti
Hacker Walter Delgatti
Hacker Walter Delgatti
Walter Delgatti depõe na CPMI do 8/1
1 de 9

Hacker Walter Delgatti

Hugo Barreto/Metrópoles
2 de 9

Hacker Walter Delgatti

Hugo Barreto/Metrópoles
3 de 9

Hacker Walter Delgatti

Hugo Barreto/Metrópoles
4 de 9

Hacker Walter Delgatti

Hugo Barreto/Metrópoles
5 de 9

Walter Delgatti depõe na CPMI do 8/1

Hugo Barreto/Metrópoles
8 de 9

O hacker alega ter recebido pagamento próximo de R$ 40 mil da deputada federal Carla Zambelli

Reprodução/Redes sociais
9 de 9

A polícia também investiga se o hacker se reuniu com pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no ano passado

Reprodução

Questionado pela coluna se o hacker Delgatti orientou o grupo, Nogueira não comentou. “Sou da ativa e não tenho autorização para falar”, disse. O militar pediu que as perguntas fossem enviadas ao Ministério da Defesa, que tampouco respondeu.

A três meses da eleição, Nogueira propôs ao Senado uma “votação paralela”. O ministro da Defesa estava a seu lado na comissão e endossou a ideia. Em novembro, já com Lula eleito, o grupo coordenado pelo coronel Nogueira enviou o relatório ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

O documento não apontou falha alguma no sistema eleitoral, na linha de todos os órgãos fiscalizadores, como a Polícia Federal. Contudo, o Ministério da Defesa divulgou uma nota com teor golpista. A pasta declarou que o documento “não excluiu a possibilidade da existência de fraude ou inconsistência nas urnas eletrônicas e no processo eleitoral de 2022”.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Siga as redes do Guilherme Amado
Últimas da coluna
Compartilhar