Nenhum parlamentar enviou emendas para custear ações de Defesa Civil em Maceió durante os cinco anos em que o desastre ambiental da Braskem está em curso.
As atividades de mineração da Braskem em Maceió provocaram os primeiros tremores de terra em março de 2018. Atualmente, 20% do território da cidade é afetado por afundamentos e rachaduras. Sessenta mil pessoas viviam nas áreas colapsadas.
Deputados e senadores devem apontar uma classificação funcional para as emendas, a fim de destacar qual será a aplicação dos recursos por governos estaduais e municipais. Não há registro no Portal da Transparência sobre repasses para custear a Defesa Civil em Maceió.
O deputado Paulão, do PT, virou coordenador da bancada alagoana na Câmara neste ano. Ele disse que não comentaria assuntos da legislatura anterior, mas afirmou que a Prefeitura de Maceió “nunca pediu para os parlamentares enviarem um centavo para a Defesa Civil”.
“A bancada atende a pedidos e demandas. A Prefeitura deveria ter tomado a iniciativa”, declarou Paulão, que está no quarto mandato na Câmara.
A cidade de Maceió é governada desde 2018 por JHC, hoje no PL. A coluna pediu um posicionamento à assessoria da Prefeitura, mas não obteve retorno até a publicação deste texto. O espaço permanece aberto para manifestações.
