Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Ao contrário do que Dodge diz, MPRJ foi favorável a parceria com a PF

Dodge disse em entrevista que MPRJ dificultou acesso a documentos

atualizado 05/08/2023 1:58

Compartilhar notícia
NELSON JR./SCO/STF

Ao contrário do que disse a ex-procuradora-geral da República Raquel Dodge, o Ministério Público do Rio de Janeiro sempre se posicionou a favor da parceria com órgãos federais na investigação do assassinato de Marielle Franco e Anderson Gomes.

Na última semana, Dodge disse ao repórter Aguirre Talento que o MP do Rio teria dificultado seu acesso a documentos do caso Marielle em 2019.

“Eu consegui uma liminar, mas o MP do Rio dava parecer contrário a que eu tivesse acesso e o juiz do Rio decidia contra, não me deixava ter acesso. Então eu tive muita dificuldade. Depois eu nomeei a doutora Márcia Morgado, que era procuradora-chefe regional, para retirar os autos conforme já autorizado pelo STJ, mas eu não conseguia. Tive que pedir novamente medida liminar por descumprimento da decisão”, disse Dogde, que só recebeu os documentos dias antes de seu mandato acabar, em 2020.

O procurador-geral da Justiça do Rio de Janeiro na época, Eduardo Gussem, manifestou publicamente diversas vezes, entre 2018 e 2019, o apoio à participação da Polícia Federal nas investigações do caso.

Gussem chegou, inclusive, a mandar ofícios para o Ministério da Justiça de Michel Temer alegando que, como o Rio de Janeiro estava em intervenção federal, cabia ao interventor, o general Walter Braga Netto, pedir a federalização do caso.

Compartilhar notícia
Tá bombando
Siga as redes do Guilherme Amado
Últimas da coluna
Compartilhar