Com Bruna Lima, Edoardo Ghirotto, Eduardo Barretto e João Pedroso de Campos

Forças Armadas atribuem radicalização de acampamento a “forasteiros”

Para comandantes das Forças Armadas, acampamento em frente ao QG do Exército não se radicalizou por conta própria

atualizado 18/01/2023 10:08

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Hugo Barreto/Metrópoles

O diagnóstico nas Forças Armadas é de que a radicalização que levou à invasão e destruição dos palácios dos três Poderes nos atos golpistas de 8 de janeiro veio de fora, e não dos acampados em Brasília.

Em reunião nesta segunda-feira, o ministro da Defesa, José Múcio, disse ao presidente Lula que seu erro foi ter deixado novos manifestantes ingressarem no acampamento logo antes dos atos de 8 de janeiro. Ele calcula que, antes daquele final de semana, havia “apenas” 200 pessoas lá, sendo que, em dezembro, havia 43 mil.

O ministro era favorável a esvaziar o local de forma negociada, aos poucos, e não se arrepende da estratégia.

Se não fosse pelos “forasteiros” que desembarcaram dos ônibus, segundo Múcio, a baderna não teria ocorrido. Ele sustentou o argumento — criticado por outros integrantes do governo, inclusive pelo próprio Lula — de que os manifestantes acampados estavam lá pacificamente, sem a intenção de insuflar ou tentar um golpe de Estado.

As Forças Armadas protegeram o acampamento da ação das demais autoridades. Comandantes argumentavam que havia militares reformados e parentes de coronéis e generais no local e que, se houvesse uma desocupação forçada, poderia haver insurreição nas Forças.

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