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Silvio Almeida torna-se alternativa para PT em São Paulo

Integrantes do Partido dos Trabalhadores se animam com o ministro, mas há resistências; Juliana Cardoso e Ana Estela Haddad são opções

atualizado 07/07/2023 5:57

Imagem mostra o ministro dos direitos humanos, Silvio Almeida - Metrópoles Tânia Rêgo / Agência Brasil

Lideranças do PT em São Paulo colocaram o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, no páreo para a disputa da prefeitura da capital. O ministro é muito bem avaliado pela sigla em território paulista e ontem (06/07) deu recados ao atual prefeito Ricardo Nunes (MDB) em ato na Câmara dos Deputados. Os petistas ficaram animados.

O ministro participou do lançamento da Frente Parlamentar Mista em Defesa dos Direitos da População de Rua. Disse que a situação em São Paulo é “calamitosa e inacreditável”. Silvio Almeida fez uma fala contra a desigualdade. Atualmente, a capital paulista tem 48 mil pessoas em situação de rua.

A possível candidatura, no entanto, teria inúmeros poréns. O primeiro deles seria o prazo para filiação ao Partido dos Trabalhadores. Para concorrer a um cargo eletivo, Almeida teria que ser filiado por pelo menos um ano antes da inscrição para o pleito, ou seja, teria que entrar no partido já em agosto.

A segunda resistência é o acordo com o Psol para lançar Guilherme Boulos como cabeça de chapa e um petista como vice. O trato parece certo, mas integrantes do PT, sobretudo a família Tatto, são contra. O deputado Jilmar Tatto (PT-SP) chegou a chamar a aliança de “burrice” e um jogo de “perde-perde”. Em 2020, os dois foram rivais na eleição paulistana.

A última dificuldade é o apelo para o nome do PT para a prefeitura de São Paulo ser uma mulher, sendo vice ou cabeça de chapa. Neste caso, duas são as mais citadas: Ana Estela Haddad e Juliana Cardoso (PT-SP). A primeira é professora titular da Faculdade de Odontologia da USP e atualmente secretária de Saúde Digital do Ministério da Saúde. Também é mulher do ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Já Juliana Cardoso é deputada de primeiro mandato, mas foi por quatro vezes vereadora da capital paulista. Tem o apoio de movimentos sociais e de parte da ala feminina do PT. Ao blog, disse que tem total condição para se tornar prefeita, mas, se for o caso, aceita ser vice de Boulos.

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