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Secom recebe aliados, críticas e pede empenho nas ações dos 100 dias

Governo se reuniu com assessores de parlamentares e movimentos sociais e ouviu que só chama aliados para pedir "aplausos"

atualizado 06/04/2023 15:39

Secom orienta aliados Reprodução

Às vésperas da celebração dos 100 dias de governo, a Secretaria de Comunicação (Secom), do Palácio do Planalto, reuniu dezenas de aliados numa reunião na manhã desta quinta para apresentar as peças que serão veiculadas e os motes que serão explorados no material dessa campanha.

A equipe da Secom fez uma videoconferência para falar, em especial, com assessores de parlamentares da base do governo. Foi apresentada toda estratégia, o conteúdo, filmes, peças, layouts e os slogans.

Uma integrante da Secom afirmou que se trata de uma “metralhadora” de entregas. O presidente Lula será o protagonista na próxima segunda do anúncio dos feitos do governo desses 100 dias.

O Blog do Noblat teve acesso a trechos desse encontro. O filme principal, de 30 segundos, foi batizado de “posicionamento”, e será exibido a partir de segunda-feira.

“Vai dizer que o Brasil voltou, voltou para cuidar, para fazer mais e mais para todos os brasileiros” – anunciou um dos integrantes do governo.

“O Brasil voltou para fazer mais para nossa gente” – é o mote.

Outros filmes, de 30 segundos também, estão sendo elaborados com temas como combate à fome e ações nas áreas social, de saúde, de educação, de obras, de moradias, segurança e respeito e diálogo. Será de 16 a 20 temas sendo exibidos na TV.

Dois assessores direto do ministro Paulo Pimenta (Secom) participaram do encontro: o secretário de Comunicação Institucional, Emanuel de Jesus, o Maneco, e secretário-executivo da Secretaria-Executiva, Ricardo Zamora.

Os dois fizeram apelos aos assessores dos parlamentares que divulguem as ações do governo nas redes sociais de seus assessorados. Os dirigentes da Secom falaram numa atuação unificada e pediram empenho na defesa das marcas do governo, exibidas no material que será encaminhado a eles.

São vídeos e cards com propaganda do governo para serem veiculados em feed do Instagram, Twitter e Facebook.

“Não temos que ser convidado só para aplaudir”

Um dos participantes, ligado ao setor de comunicação de um movimento popular, criticou não terem sido chamados antes para discutir ações do governo.

“Deveríamos ter tido espaço nesses cem dias de governo. O movimento social teve corte de 90% e nós, do campo popular, da luta pela moradia, não tivemos contratação de uma casa no último período. Não se tem dinheiro nem para sobreviver, quem dirá para organizar nossa comunicação, combater a grande imprensa, que é quem divulga fake news e tem atacado o governo e lutado para manter a taxa de juros como está” – disse esse representante do movimento popular no encontro com a Secom.

Ele criticou só ser chamado pelo governo no momento de “aplaudir”.

“Não temos que ser convidado só para aplaudir o governo, mas tem que receber recursos para que tenhamos comunicação estruturada”.

Um dos integrantes da Secom disse que a crítica do militante estava sendo recebida e que o governo tem mantido interlocução com os movimentos sociais.

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