É prego batido e ponta virada: Lula não dará o Ministério da Saúde para o Centrão, como quer Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara. Também não dará o Ministério da Educação.
Não adianta Lira insistir, argumentando que só assim garantirá a aprovação na Câmara dos projetos que interessam ao governo. Saúde e Educação são consideradas áreas vitais para Lula.
Lula está muito satisfeito com os ministros que respondem por elas – Nísia Trindade, ex-presidente da Fundação Oswaldo Cruz (Saúde) e Camilo Pena, ex-governador do Ceará (Educação).
Lira irá desafiar Lula? Ganhou a parada quando esvaziou os ministérios do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas. Perdeu na votação da medida que manteve o organograma do governo.
Depois disso, levou um susto com a decisão do Supremo Tribunal Federal de pôr em pauta o julgamento de uma ação que, se aceita, o deixaria enrascado. A ação foi arquivada.
E levou outro com o avanço da investigação da Polícia Federal sobre a compra superfaturada em Alagoas de kits de robótica para escolas que não dispõem sequer de sanitários. O susto não passou.
Outros ministérios e comandos de empresas estatais poderão ser negociados por Lula com Lira. Se os dois não se entenderem, Lula sempre contará ao seu lado com o Senado e o Supremo.
