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Relator preserva Braga Netto, mas seu potencial político é ignorado

Ex-vice na chapa de Bolsonaro deverá seguir elegível, mas nunca foi testado, de fato, nas urnas, numa candidatura "solo"

atualizado 28/06/2023 0:42

Jair Bolsonaro Acervo/ coluna Paulo Cappelli

No seu voto ontem no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o relator Benedito Gonçalves poupou o general Braga Netto, vice na chapa ao lado de Jair Bolsonaro em 2022, e manteve seus direitos políticos.

Entendeu, o relator, que o militar não teve participação nos atos contra o processo eleitoral brasileiro promovidos pelo ex-presidente.

O entendimento de Gonçalves sobre Braga Netto deverá ser acompanhado na íntegra por todos os outros ministros do tribunal, cuja sessão de julgamento segue na próxima quinta.

Mas o futuro político do general é uma incógnita. Não se sabe nem exatamente qual seu potencial político, se é que tem. Como vice na disputa do ano passado, pouco se aferiu sobre sua relevância  em carrear voto para a chapa. O titular já é um militar, e compactuam das mesmíssimas ideias.

Seu nome é citado como possível candidato à Prefeitura do Rio ano que vem. Os mais otimistas dizem que, com apoio  de Bolsonaro, ele passa ter alguma chance. O fato de ser uma cidade que acolhe uma grande leva de militares é outro argumento que enche o ex-vice do “capitão” de esperança.

Um terceiro motivo recorrente a seu favor, segundo a turma do PL – partido onde ocupa cargo de destaque e é bem remunerado -, é o exemplo do também general Pazzuello, eleito deputado federal com segunda maior votação no estado.

Seu potencial de voto é uma incógnita. Pesquisas, quando começarem e sérias, podem apontar algo. Mas já tem a comemorar que não terá o mesmo destino do chefe.

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