No seu voto ontem no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o relator Benedito Gonçalves poupou o general Braga Netto, vice na chapa ao lado de Jair Bolsonaro em 2022, e manteve seus direitos políticos.
Entendeu, o relator, que o militar não teve participação nos atos contra o processo eleitoral brasileiro promovidos pelo ex-presidente.
O entendimento de Gonçalves sobre Braga Netto deverá ser acompanhado na íntegra por todos os outros ministros do tribunal, cuja sessão de julgamento segue na próxima quinta.
Mas o futuro político do general é uma incógnita. Não se sabe nem exatamente qual seu potencial político, se é que tem. Como vice na disputa do ano passado, pouco se aferiu sobre sua relevância em carrear voto para a chapa. O titular já é um militar, e compactuam das mesmíssimas ideias.
Seu nome é citado como possível candidato à Prefeitura do Rio ano que vem. Os mais otimistas dizem que, com apoio de Bolsonaro, ele passa ter alguma chance. O fato de ser uma cidade que acolhe uma grande leva de militares é outro argumento que enche o ex-vice do “capitão” de esperança.
Um terceiro motivo recorrente a seu favor, segundo a turma do PL – partido onde ocupa cargo de destaque e é bem remunerado -, é o exemplo do também general Pazzuello, eleito deputado federal com segunda maior votação no estado.
Seu potencial de voto é uma incógnita. Pesquisas, quando começarem e sérias, podem apontar algo. Mas já tem a comemorar que não terá o mesmo destino do chefe.