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Rejeição de DPU não preocupa Lula… Nem Dino

Ineditismo da rejeição pelo Senado não abala confiança em próxima indicação do STF, mas mostra que governo tem de acertar articulação 

atualizado 26/10/2023 22:36

Lula e governador do Maranhão, Flávio Dino -- Metrópoles Ricardo Stuckert/Divulgação

A rejeição do indicado de Lula (PT), Igor Roque, à DPU (Defensoria Pública da União) pegou o governo de surpresa, mas não foi vista como uma grande derrota por integrantes do Palácio do Planalto. Em reserva, dizem que “há de saber em quais brigas entrar”.

Para parte do governo, a rejeição ocorreu principalmente pela parte conservadora do Senado e não mede a base de Lula na casa. Para essa ala, o desgaste produzido por Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), ao segurar a sabatina na CCJ desde maio, foi determinante para o veto de Roque.

Para o presidente Lula, a rejeição não implicará em problemas na futura e próxima indicação a ministro do Supremo Tribunal Federal. Nunca, na história do Senado, houve rejeição de um indicado à Suprema Corte.

No Palácio da Justiça, interlocutores de Flávio Dino dizem que o ministro está tranquilo e não pensa no tema com muito afinco. Ele é o favorito para assumir o cargo no STF.

No entanto, o governo fica em alerta para novas votações no Plenário do Senado. O placar de 38 votos contra e 35 a favor de Igor Roque mostra que a casa pode representar problemas em futuras votações, como a do PL das offshores e a reforma tributária. Ambos os projetos estão previstos para ir à tramitação em novembro.

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