Lideranças do PT em São Paulo ficaram desgostosos com a possibilidade de Marta Suplicy voltar à sigla e ser indicada a vice da chapa com Guilherme Boulos (Psol-SP) para a prefeitura de São Paulo, em 2024. Para o PT paulista, há candidatas à frente de Marta e a escolha seria “injusta”.
Ontem (13/12), Lula (PT) teria telefonado para a ex-prefeita de São Paulo a convidando para retornar ao Partido dos Trabalhadores e para ser vice de Boulos. A conversa informação foi revelada pela própria ex-senadora em um grupo de WhatsApp chamado “Frente Ampla”.
Marta já havia sido “cortejada” pelo PL para ser vice de Ricardo Nunes (MDB) —ela é, inclusive, secretária municipal de Relações Internacionais da gestão do emedebista. Valdemar Costa Neto queria filiar a ex-prefeita e, assim, conquistar mais votos do centro em São Paulo.
Pegas de surpresa, lideranças paulistas do PT disseram ao blog que não faria sentido Marta retornar à sigla para concorrer à vaga. Para eles, a deputada Ana Estela Haddad e Juliana Cardoso (PT-SP) teriam mais condições para ser vice de Guilherme Boulos. A primeira é professora titular da Faculdade de Odontologia da USP e atualmente secretária de Saúde Digital do Ministério da Saúde. Também é mulher do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Já Juliana Cardoso é deputada de primeiro mandato, mas foi por quatro vezes vereadora da capital paulista. Tem o apoio de movimentos sociais e de parte da ala feminina do PT.
O telefonema entre Lula e Marta aconteceu um dia depois de uma cúpula entre PT e PSol em que se discutiu o assunto. Ao que parece o tema já foi precificado, à revelia do que alas mais à esquerda do partido de Boulos desejam.
